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Milhares vão às ruas contra governo da Tailândia, e protestos terminam em confronto

Seis policiais ficaram feridos, e seis manifestantes foram presos em atos contra má gestão da pandemia

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Bancoc | Reuters

Milhares de tailandeses foram às ruas de Bancoc em carros e motocicletas nesta terça-feira (10) protestar contra o premiê do país, Prayuth Chan-ocha. O comboio parou em frente a diversos edifícios ligados a gabinetes e apoiadores do mandatário para pedir por renúncias, acusando o governo de má gestão da pandemia de coronavírus e de abuso de poder para silenciar críticos.

Policiais usam canhões de água para dispersar manifestantes em Bancoc, na Tailândia - Lillian Suwanrumpha/AFP

“O governo não tem habilidade para gerenciar o país e só enxerga os interesses da elite”, disse Benja Apan, uma estudante ativista, em comunicado lido de cima de um caminhão de som no distrito empresarial da capital tailandesa. “Se a situação permanecer assim, podemos esperar que o país enfrente um desastre insustentável.”

Os hospitais do país têm sido pressionados até seu limite pela mais recente onda de coronavírus, com o registro de mais um recorde de mortes nesta terça —foram 235, quase quatro vezes mais do que em qualquer dia do ano passado. O total desde o início da crise sanitária passa dos 6.000.

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Os protestos desta terça terminaram em confronto entre manifestantes e policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha para dispersar as pessoas nas ruas. Ao menos seis agentes ficaram feridos —um levou um tiro na perna e três outros foram atingidos por estilhaços de uma bomba caseira.

Ainda não se sabe quantos ativistas ficaram feridos, mas ao menos seis foram presos, segundo a polícia, que alertou mais cedo que todas as reuniões públicas eram consideradas ilegais, de acordo com as restrições de emergência adotadas devido à Covid-19. Duas cabines policiais também foram incendiadas, enquanto atos de violência esporádicos continuavam noite adentro.

O movimento liderado por jovens parece ter ganhado novo fôlego após uma forte repressão aos protestos que atraíram centenas de milhares de pessoas no ano passado ter cessado temporariamente os atos. Os ativistas quebraram ainda tabus ao pedirem reforma da monarquia, arriscando serem acusados sob a lei da majestade que torna difamar o rei, a rainha, o herdeiro ou o regente um crime punível por até 15 anos na prisão.

No último fim de semana, milhares também foram às ruas protestar contra o governo e, assim como nesta terça, entraram em confronto com policiais.

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