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Um homem lançou um explosivo contra o Consulado da China no Rio de Janeiro na noite da última quinta-feira (16). O crime aconteceu pouco antes das 22h, em Botafogo, na zona sul da cidade.
Imagens de câmeras de segurança de prédios vizinhos flagraram o momento em que um homem vestido de preto, com boné e máscara, mexe no artefato e retira algo que parece ser um pino, antes de lançar o explosivo. Policiais suspeitam que o artefato seja uma granada.
Não houve feridos, segundo a polícia, e o caso está em investigação. Vizinhos relataram em redes sociais que houve um forte estrondo, com tremor de janelas e muita fumaça.
O Consulado da China afirmou em nota que o atentado "foi um grave ato de violência ao qual manifestamos veemente condenação". A representação diplomática do país afirma que pediu investigação minuciosa, punição do culpado e medidas para evitar que haja mais episódios do tipo.
"A parte chinesa espera e tem a convicção de que o governo brasileiro tomará medidas concretas para proteger as missões diplomáticas e consulares e seu pessoal no país, como prevê a Convenção de Viena, garantindo a segurança e a integridade das instalações e de seu pessoal", diz a nota.
A Folha procurou o Ministério das Relações Exteriores para saber que tipo de auxílio foi prestado, mas não teve resposta até a publicação deste texto.
O atentado ocorre em meio à escalada da tensão política, tanto externa quanto interna.
No contexto internacional, a China protagoniza uma espécie de nova Guerra Fria com os Estados Unidos e é cada vez mais questionada à medida que ganha importância econômica.
No ambiente interno, há cada vez mais resistência por parte de alguns setores ao país asiático, governado pelo Partido Comunista, o que se reflete também em episódios de xenofobia.
Figuras do círculo próximo do presidente Jair Bolsonaro, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal, e os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Abraham Weintraub (Educação), já fizeram manifestações públicas anti-China que causaram embaraços diplomáticos. Entre eles, culpar o país pela pandemia da Covid-19 ou fazer piada com o sotaque de chineses.
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