China confina 1,7 milhão de pessoas por surto de 300 casos de Covid
Lockdown em Anhui acontece enquanto economia se recupera de restrições em Xangai e Pequim
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As autoridades chinesas ordenaram o confinamento de 1,7 milhão de pessoas na província de Anhui, onde vivem 67 milhões de habitantes e foram registrados 300 novos casos de Covid nesta segunda-feira (4).
A China é a última grande economia que mantém estratégia rígida contra o vírus, baseada em quarentenas e testes obrigatórios. Embora os casos sigam reduzidos em relação à população do país, as autoridades insistem que a política de Covid zero é necessária para evitar uma calamidade nos serviços de saúde.
O surto em Anhui ocorre no momento em que a economia chinesa começa a se recuperar de um confinamento de meses em Xangai e de restrições severas em Pequim. Em dois condados da província, Sixian e Lingbi, as pessoas só podem sair de casa para passar por exames. A capital regional, Hefei, anunciou no domingo a realização de testes em toda a cidade a cada três dias.
Imagens do canal estatal CCTV mostraram as ruas vazias em Sixian no fim de semana e pessoas em filas para a sexta campanha de testes em larga escala nos últimos dias. O condado de Si, também em Anhui, exigiu exames em todos os moradores da cidade nesta segunda, a sétima rodada de detecção da Covid.
Anhui registrou 287 novas infecções nesta segunda, incluindo 258 pessoas assintomáticas, segundo a Comissão Nacional de Saúde da China, o que eleva o total de casos detectados a pouco mais de mil.
A província vizinha de Jiangsu, por sua vez, registrou 56 novos casos em quatro cidades.
Xangai, a capital, passou por um rígido lockdown em abril, com proibição de sair às ruas para a maior parte dos moradores, obrigatoriedade de quarentena em centros de confinamento para contaminados e episódios de escassez de alimentos, o que provocou protestos e insatisfação na população.
Há poucos questionamentos quanto ao sucesso do controle da pandemia pela China. No país mais populoso do mundo, a maior parte da população levou uma vida próxima do normal nos últimos dois anos, enquanto o mundo ocidental fechava escolas e comércios. Mas o baixo número de mortes oficiais —5.226—, aliado a dificuldades impostas pelo regime chinês a missões estrangeiras que foram ao país apurar as origens do coronavírus, aumentam as suspeitas sobre a confiança nos dados oficiais do país.
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