Ao menos dois policiais foram baleados nesta segunda-feira (4) enquanto milhares de pessoas celebravam um show e a queima de fogos de artifício na cidade de Filadélfia, no estado da Pensilvânia, em comemoração ao 4 de Julho, dia da independência dos Estados Unidos.

Mais cedo, um ataque a tiros durante um desfile deixou pelo menos seis pessoas mortas e outras 24 feridas em Highland Park, nos arredores de Chicago.

Autoridades afirmaram que o tiroteio na Filadélfia foi um "incidente de segurança" perto da avenida Benjamin Franklin Parkway e que os policiais atingidos estavam em condições estáveis. Ainda não há informações sobre o atirador ou sobre as circunstâncias do incidente.

A polícia instruiu as pessoas nos prédios ao redor a permanecerem protegidas. Diversas viaturas da polícia foram enviadas ao local. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram centenas de pessoas correndo enquanto os fogos de artifício iluminavam o céu da cidade.

Segundo a imprensa local, um policial da patrulha rodoviária sofreu um ferimento de raspão na cabeça, e outro militar, do esquadrão antibombas, foi baleado no ombro direito. Eles foram levados ao Hospital Universitário de Jefferson.

O tiroteio aconteceu horas depois de um atirador subir em um telhado e disparar contra participantes de um desfile que comemorava o 4 de Julho em Highland Park. O autor do ataque, identificado como Robert E. Crimo 3º, 21, foi detido pela polícia. Autoridades investigam a motivação do crime.

Em nota divulgada após o ataque em Highland Park, o presidente Joe Biden prometeu seguir combatendo o que chama de epidemia de violência armada nos EUA e disse que ele e a primeira-dama, Jill Biden, estão "chocados com a violência armada sem sentido que outra vez trouxe dor a uma comunidade americana".

O atentado deste feriado ocorreu pouco mais de um mês após dois ataques a tiros chocarem o país. Em 24 de maio, um atirador matou 19 crianças e duas professoras no Texas. Antes, um ataque deixou dez mortos em Buffalo, no estado de Nova York. Ambas as ações foram cometidas por homens de 18 anos.

Os massacres colocaram o acesso a armas mais uma vez em debate nos Estados Unidos, a poucos meses das eleições legislativas de meio de mandato, em novembro. Em resposta, foi aprovado um pacote federal de restrições às armas, com apoio bipartidário, chancelado por Biden na semana passada.