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Descrição de chapéu Coreia do Norte

Japão lança alerta a moradores e acusa Coreia do Norte de lançamento de míssil

Pela primeira vez em cinco anos, habitantes são orientados a buscar abrigo; artefato caiu no Pacífico

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Tóquio | Reuters

O governo do Japão emitiu um alerta no começo da manhã desta terça-feira (4) pelo horário local, ainda noite de segunda (3) no Brasil, pedindo para parte da população buscar abrigo. O alerta foi enviado momentos depois de o país reportar o lançamento de um míssil balístico da Coreia do Norte.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro, o artefato sobrevoou o território japonês antes de cair nas águas do oceano Pacífico, a cerca de 3.000 quilômetros da costa do país, sem a necessidade de interceptação. A Coreia do Sul também acusou o lançamento de um míssil por Pyongyang.

Homem passa por TV em Tóquio noticiando lançamento de míssil pela Coreia do Norte - Richard A. Brooks - 4.out.22/AFP

"A Coreia do Norte parece ter lançado um míssil. Por favor, vá para o interior de um prédio ou para o porão", avisou uma emissora de televisão japonesa. Após o lançamento, o governo japonês suspendeu o serviço ferroviário no norte do país e pediu a evacuação de parte da ilha de Hokkaido e da cidade de Aomori —é incerta a quantidade de moradores afetados pela decisão.

Esta é a primeira vez que o Japão emite um alerta desse tipo desde setembro de 2017, quando outro míssil balístico disparado por Pyongyang atravessou o país. Segundo o The New York Times, a trajetória do artefato levou 17 minutos, saindo de Mupyong-ri, próximo a fronteira com a China, e cruzando o território japonês às 7h22 do horário local. Ele teria viajado por 4.600 km, a uma altitude de 1.000 km.

Foi ao menos o quinto lançamento de Pyongyang em uma semana. A série se iniciou em meio à visita da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, à Coreia do Sul na semana passada. Na ocasião, a americana esteve na zona desmilitarizada que divide as duas Coreias –com 240 quilômetros de extensão, a área foi instituída na década de 1950— e chamou a Coreia do Norte de "um país com uma ditadura brutal, com um programa ilegal de armas e com violações de direitos humanos".

Washington e Seul também realizam exercícios militares na região. Nesta sexta (7), as forças navais de Tóquio deverão participar das atividades.

"A série de ações da Coreia do Norte, incluindo seus repetidos lançamentos de mísseis balísticos, ameaça a paz e a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional", disse o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno. O primeiro-ministro Fumio Kishida chamou o lançamento de bárbaro e disse que Tóquio continuará coletando informações sobre o episódio.

Horas antes, Kishida havia dito ao Parlamento japonês estar se esforçando para normalizar as relações diplomáticas com Pyongyang. Ele afirmou que seu governo busca "deixar nosso triste passado para trás" e que está pronto para uma reunião com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, sem precondições.

À agência de notícias Reuters, o ministro da Defesa japonês não descartou um eventual contra-ataque. "À luz dessa situação, continuaremos a examinar todas as opções", disse Yasukazu Hamad. Já Seul declarou que o lançamento desta terça apenas fortalecerá os laços militares com Washington e Tóquio.

Especialistas especulam há meses que a Coreia do Norte prepara um teste nuclear –o último ocorreu em 2017, um ano antes de Kim assinar uma vaga declaração que previa a desnuclearização da península coreana. Apenas neste ano, Pyongyang lançou ao menos 23 mísseis balísticos.

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