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Ataque de homem-bomba deixa 20 mortos perto de chancelaria no Afeganistão

Episódios violentos crescem no país da Ásia Central desde que regime fundamentalista do Talibã voltou ao poder

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Cabul | AFP

Um ataque suicida nos arredores do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão, em Cabul, deixou ao menos 20 pessoas mortas e várias feridas nesta quarta-feira (11), segundo o Talibã.

A explosão ocorreu às 16h do horário local, de acordo com Khalid Zadran, porta-voz da polícia de Cabul, no Twitter. O homem-bomba teria tentado entrar no prédio da chancelaria, mas não conseguiu.

Membro das forças de segurança do Talibã em área isolada após ataque nos arredores de chancelaria em Cabul - Wakil Kohsar - 11.jan.23/AFP

Um hospital local afirmou ter recebido mais de 40 pessoas encaminhadas ao local após a explosão, sem especificar quantas morreram. Autoridades dizem que o número de vítimas pode ser maior.

Ataques à cidade se tornaram mais frequentes desde o retorno dos extremistas dos talibãs. Muitos são de autoria do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), cuja filial paquistanesa, o EI-Khorasan, tem divergências públicas com o Talibã. Segundo relato de um funcionário da agência de notícias AFP no local, minutos antes da explosão um homem caminhava pela região com uma bolsa, possivelmente contendo explosivos, e um fuzil Kalashnikov. A autoria do ataque ainda não foi reivindicada por nenhum grupo.

Em meados de dezembro, homens armados a mando do EI abriram fogo em um hotel em Cabul frequentado por empresários da China, país que tem aumentado sua presença na região —inclusive com um acordo para exploração de petróleo e gás firmado recentemente.

O vice-ministro de Informação e Cultura talibã, Muhajer Farahi, afirmou que uma delegação de Pequim visitaria a chancelaria afegã nesta quarta. Depois, membros da alta cúpula do regime disseram que nenhum estrangeiro estava no local no momento do ataque.

O regime de Xi Jinping não reconhece formalmente a autoridade talibã no Afeganistão, mas mantém laços com o grupo. Autoridades chinesas temem que o país vizinho possa se converter em território para atuação dos uigures, minoria muçulmana reprimida na província de Xinjiang.

Em troca de apoio econômico chinês para a reconstrução do país, os talibãs se comprometeram a não permitir a atuação dos ativistas. Em setembro, dois funcionários da embaixada russa e quatro afegãos morreram após um atentado suicida, também reivindicado pelo braço local do EI, perto do edifício.

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