Ao menos seis pessoas ficaram feridas na capital francesa, Paris, após um homem atacá-las na estação de trem Gare du Nord, uma das mais movimentadas da Europa, na manhã desta quarta-feira (11).
De acordo com informações do ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, o homem —por ora não identificado— as atacou com uma arma caseira na entrada e dentro da estação. Inicialmente, a polícia havia dito que a arma usada era uma faca ou uma lâmina.
O homem foi baleado três vezes por policiais à paisana e levado para um hospital da região com ferimentos graves. Ao menos um policial está entre os feridos.
Questionado por repórteres sobre possíveis motivações terroristas, Darmanin disse que uma investigação criminal foi aberta, mas que até agora esse não parece um fator envolvido no episódio.
O ministro informou que o agressor não estava com documentos de identidade no momento do ataque. Segundo o jornal francês Le Figaro, ele se chamaria Amine M. e teria por volta de 30 anos de idade.
A Gare du Nord é a estação de chegada da linha Eurostar, responsável pelo trem de alta velocidade que liga Londres, a capital britânica, a Paris, o que faz do local um dos mais movimentados da cidade. E este não é o primeiro episódio de violência registrado no local. Em fevereiro de 2022, policiais mataram um homem que os atacou com uma faca. Já em outubro de 2017, um homem que esfaqueou duas pessoas na estação ferroviária de Marselha foi baleado e morto por agentes de segurança.
O ataque desta quarta-feira ocorre três semanas após um atirador matar três pessoas em um centro cultural curdo em Paris. O homem, um francês de 69 anos identificado como William M., confessou à polícia a motivação xenofóbica, dizendo que desenvolveu um "ódio patológico de estrangeiros". Ele está preso sob custódia e foi indiciado por homicídio e tentativa de homicídio com motivação racista.
A França foi palco de ataques terroristas em grande escala em 2015 e 2016, seguidos por uma série de ataques menores a tiros e com facas nos meses seguintes. O número de episódios diminuiu, mas autoridades dizem que a ameaça segue real e que serviços de inteligência com frequência frustram planos. Em dezembro, o ministro do Interior afirmou que ao menos 39 ataques de grupos radicais islâmicos e outras nove ações de grupos de extrema direita foram frustradas desde 2017 no país.
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