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Rússia, China, Alemanha e Reino Unido fazem coro a outros líderes e condenam ato golpista em Brasília

Governantes falam em ataque à democracia e manifestam apoio e solidariedade a Lula

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São Paulo

Os premiês da Alemanha e do Reino Unido e porta-vozes da Rússia e da China fizeram coro nesta segunda (9) às críticas de outros líderes mundiais aos ataques golpistas realizados em Brasília neste domingo (8).

Nas redes sociais, o alemão Olaf Scholz usou a expressão "imagens terríveis" para se referir aos atos. "Os ataques violentos são um atentado à democracia que não pode ser tolerado", escreveu o primeiro-ministro, expressando "profunda solidariedade" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao povo brasileiro.

Bolsonaristas durante ataque à Esplanada dos Ministérios em ato golpista em Brasília - Evaristo Sá - 8.jan.23/AFP

O britânico Rishi Sunak também ofereceu ao petista e a seu governo "total apoio". "Condeno qualquer tentativa de minar a transferência pacífica de poder e a vontade democrática do povo brasileiro", publicou o premiê no Twitter, acrescentando que está "ansioso para fortalecer os laços estreitos" com o Brasil.

A Rússia foi outro país a condenar os ataques e afirmou que "apoia plenamente" o governo brasileiro. "Condenamos veementemente as ações dos instigadores do motim e apoiamos totalmente o presidente brasileiro Lula da Silva", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a jornalistas.

A China, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, disse que "acompanha de perto e se opõe firmemente ao ataque violento contra as autoridades federais". Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia, afirmou ainda que Pequim "apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e preservar a estabilidade nacional".

No domingo, bolsonaristas romperam barreiras e invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, quebrando janelas, vandalizando gabinetes e destruindo obras de arte.

As autoridades brasileiras rapidamente iniciaram suas investigações, com Lula prometendo que golpistas serão punidos. "Acreditamos que, sob a liderança do presidente Lula, o Brasil manterá a estabilidade nacional e a harmonia social", afirmou Wang, referindo-se ao país como "parceiro estratégico" de Pequim.

Dezenas de lideranças se manifestaram ainda no domingo para condenar os ataques em Brasília. Estados Unidos, França, Argentina, México, Chile, Colômbia, Cuba, Uruguai, Bolívia, Portugal, Espanha e Itália estão entre os países cujos líderes ou representantes usaram as redes sociais e canais diplomáticos para prestar solidariedade e se colocar à disposição do governo Lula para o enfrentamento à insurreição.

"Rejeitamos categoricamente a violência dos grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas do Brasil", escreveu no Twitter o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Nosso apoio a Lula e ao povo brasileiro, que com certeza se mobilizará em defesa da paz e de seu presidente."

Depois de se manifestarem individualmente, os presidentes dos EUA e do México, Joe Biden e Andrés Manuel López Obrador, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, divulgaram comunicado conjunto em que "condenam os ataques de 8 de janeiro à democracia brasileira e à transferência pacífica do poder".

"Apoiamos o Brasil na salvaguarda de suas instituições democráticas. Nossos governos apoiam o livre arbítrio do povo brasileiro. Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente Lula em prol de nossos países, do hemisfério Ocidental e além", diz a nota assinada pelos três líderes.

Na noite desta segunda, foi a vez de o ex-presidente Barack Obama falar sobre o caso. "O mundo inteiro torce pelo sucesso da democracia brasileira. Juntos, devemos rejeitar qualquer esforço para derrubar ou perturbar a vontade da população brasileira e reafirmar a transferência pacífica de poder como pedra angular da democracia", escreveu.

Mais cedo, Bill Clinton —com quem Lula conversou por telefone— também se manifestou, citando da mesma forma como crucial a transição pacífica de poder.

"Consternado com os atos de violência e a ocupação ilegal de Brasília por extremistas violentos", escreveu Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia. "Total apoio a Lula e a seu governo, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. A democracia brasileira prevalecerá sobre a violência e o extremismo."

A líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou veementemente "o atentado à democracia no Brasil" e o classificou de "grande preocupação para os defensores da democracia". "Meu total apoio ao presidente Lula, que foi eleito de forma livre e justa", escreveu a alemã.

A maltesa Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, disse estar "profundamente preocupada" com os acontecimentos e colocou a Casa que preside ao lado do governo Lula "e de todas as instituições legítima e democraticamente eleitas". O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, chamou os ataques de "tumultos e vandalismo contra as instituições de Estado". "Tradições democráticas devem ser respeitadas por todos. Estendemos nosso total apoio às autoridades brasileiras", afirmou o premiê indiano.

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