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Ataque dos EUA na Síria mata líder do Estado Islâmico que planejou atentados na Europa

Ahmad al-Jabouri, que desenvolveu estrutura de liderança do grupo terrorista, foi morto por drone perto da casa que ocupava

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Belo Horizonte

Um ataque americano matou nesta terça-feira (3) um líder do Estado Islâmico (EI) na Síria, disse o Comando Central dos EUA (Centcom). Segundo o comunicado, Khalid 'Aydd Ahmad al-Jabouri, um iraquiano que se passava por sírio e era chamado de Khaled, foi responsável pelo planejamento dos ataques do EI na Europa e desenvolveu a estrutura de liderança do grupo terrorista.

O comandante do Comando Central dos EUA, general Michael Kurilla, visita acampamento que abriga parentes de supostos combatentes do Estado Islâmico na província de Hasakah, no nordeste da Síria - Centcom - 11.mar.23/AFP

"Embora degradado, o grupo continua capaz de conduzir operações na região com o desejo de promover ataques fora do Oriente Médio", afirmou o comando na nota. O Centcom acrescentou que a morte de al-Jabouri vai "interromper temporariamente a capacidade do grupo de planejar ataques externos".

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou a morte, destacando que um drone atacou o líder do EI na província de Idlib, no noroeste da Síria, em uma área controlada pelos extremistas. Segundo o observatório, ele foi morto enquanto caminhava perto da casa que ocupava e conversava por telefone.

O EI reivindicou diversos atentados na Europa na época em que proclamou um califado nas áreas da Síria e do Iraque controladas pelo grupo. Na França, assumiu a autoria dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que resultou na morte de 130 pessoas, e de 14 de julho de 2016 em Nice, com 86 vítimas.

O grupo reivindicou ainda três atentados suicidas em 2016 na Bélgica, que deixaram 30 mortos, e os ataques na Espanha em 17 e 18 de agosto, que provocaram 16 mortes.

Um relatório da ONU divulgado em fevereiro estima que o grupo tenha de 5.000 a 7.000 membros e apoiadores, cerca de metade deles combatentes. O documento afirma que o nível de ameaça representada pelo EI e por seus afiliados à paz e à segurança internacional era alta no segundo semestre do ano passado e aumentou dentro e ao redor das zonas de conflito onde está presente.

À agência de notícias AFP o fundador da Jihad Analytics, Damien Ferré, disse que al-Jabouri operava da região de Deir Ezzor, no leste da Síria. "Como sempre acontece, ele será substituído por outro", comentou Ferré, que analisa o cenário do extremismo ao redor do mundo e na internet. "Mas não se deve minimizar o que aconteceu, porque é um novo golpe contra o grupo ultrarradical."

Desde a derrota territorial do EI na Síria em 2019, centenas de soldados americanos, mobilizados no nordeste do país como parte da coalizão antijihadista, seguem lutando ao lado das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, atacando supostos membros do EI.

Apesar dessa derrota, o EI continua a executar atentados na região. O grupo atacou recentemente civis que recolhiam trufas no deserto, deixando dezenas de mortos.

Com AFP e Reuters

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