Alemanha retira mais de cem trabalhadores da Rússia após ordem de Moscou
Funcionários do centro cultural Instituto Goethe e da escola alemã na capital russa precisarão voltar para terra natal
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Mais de cem funcionários alemães que trabalham com educação e cultura terão que deixar a Rússia nos próximos dias a pedido de Moscou, disse uma fonte do governo da Alemanha à agência de notícias AFP neste sábado (27).
Isso porque autoridades russas instaram os alemães a reduzirem sua equipe diplomática antes do mês de junho, o que, na interpretação de jornais locais como o Süddeutsche Zeitung, representa uma "declaração de guerra diplomática" contra Berlim.
Entre os funcionários afetados estão os de instituições públicas, como o centro cultural Instituto Goethe e a escola alemã de Moscou.
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha não especificou a quantidade exata de funcionários que precisarão deixar a Rússia, mas declarou que o número passa de cem.
Moscou já havia anunciado a expulsão de cerca de 20 diplomatas alemães em retaliação ao apoio de Berlim a Kiev na Guerra da Ucrânia. Berlim, por sua vez, ordenou Moscou a reduzir a presença de seus serviços secretos na Alemanha.
As relações entre a Rússia e a Alemanha, que costumava ser o maior comprador de petróleo e gás russo, foram prejudicadas desde que os russos invadiram a Ucrânia. Inicialmente, os alemães apoiaram os ucranianos de forma mais cautelosa, mas no começo deste ano, o governo do premiê Olaf Scholz, pressionado por aliados ocidentais, liberou até a entrega de tanques para as forças ucranianas.
Além disso, segundo o Instituto para a Economia Mundial de Kiel, a Alemanha é o terceiro país que mais ajudou a Ucrânia militarmente, atrás apenas de Estados Unidos e Reino Unido.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters