Polícia do Equador diz que suspeitos de assassinato de candidato são colombianos
Três policiais e outras pessoas ficaram feridas durante atentado em evento de campanha em Quito
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A Polícia Nacional do Equador disse que os seis suspeitos de envolvimento no assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, morto a tiros nesta quarta-feira (9), em Quito, são colombianos. Um sétimo suspeito foi atingido no tiroteio com a equipe de segurança do político e morreu enquanto era transportado por uma ambulância dos Bombeiros para a unidade de flagrantes, segundo o governo.
Em entrevista coletiva nesta quinta (10), o ministro do Interior, Juan Zapata, já havia afirmado que todos os detidos eram estrangeiros e faziam parte de um grupo criminoso, sem especificar de que país vieram nem a qual organização pertencem. Eles foram presos em operações de busca e apreensão na mesma noite.
O suposto envolvimento de cidadãos colombianos lembra o assassinato do ex-presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em 2021, que foi morto em sua casa por um grupo que incluía 26 colombianos e dois haitiano-americanos. A presença de cartéis colombianos e mexicanos é conhecida no Equador e tem influenciado nas disputas de poder do tráfico de drogas internas do país.
Após o atentado, dois vídeos contraditórios circularam na internet. Em um, homens de preto, encapuzados e armados dizem ser membros da gangue Los Lobos, uma das maiores do país, e reivindicam a autoria do crime. No outro, homens de branco, com o rosto aparente e que parecem estar num presídio também afirmam ser do Los Lobos e negam a veracidade do vídeo anterior.
Questionado, o governo Lasso disse não ter resposta sobre a autenticidade das gravações. Em entrevista coletiva mais cedo, o ministro Zapata afirmou que "estão circulando vídeos e áudios cuja intenção é gerar mais terror, mais incerteza, além de não respeitar a dor da família".
De acordo com o comandante geral da polícia, Fausto Salinas, no momento do ataque o candidato contava com três "anéis de segurança": primeiro, cinco policiais que andavam ao seu lado, depois, uma equipe intermediária de apoio e, por fim, uma viatura de patrulha que fazia o cerco externo.
Três desses agentes foram baleados na troca de tiros e estão em situação estável. Outras das cem pessoas que participavam do evento também ficaram feridas, mas até agora não há um número oficial.
Nove feridos foram reportados até a noite desta quarta ao Ministério Público do país, incluindo uma candidata à Assembleia Nacional. Até aquele momento, o órgão contabilizava apenas dois dos policiais.
Após a confusão, a Polícia Científica isolou a área externa onde ocorreu o atentado. Ali, encontrou uma pistola e uma granada, que foi detonada de forma controlada minutos depois, além de 64 cápsulas. Outras unidades então "se mobilizaram para conduzir investigações técnicas", diz a corporação, o que levou a operações de busca e apreensão em diversos imóveis na região de Conocoto e no sul de Quito.
Foi assim que os agentes chegaram aos suspeitos presos. Sem especificar se todos foram detidos na mesma casa, a polícia anunciou a apreensão de um fuzil, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motos e um veículo roubado.
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