Siga a folha

Descrição de chapéu

Bibi na corda bamba

Premiê de Israel, aliado de Bolsonaro, pode perder o poder depois de dez anos

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu - Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

As novas eleições parlamentares de Israel, realizadas nesta semana, mostraram que o país continua cindido e incapaz de resolver, apenas nas urnas, os impasses que atravancam a formação de um governo de maioria estável.

O partido centrista Azul e Branco, liderado pelo ex-comandante do Exército Benny Gantz, foi o mais votado, conquistando 33 das 120 cadeiras do Knesset, o Legislativo nacional. Em seguida, veio o direitista Likud, do atual primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, com 31 assentos.

Tais números são similares aos do pleito de abril, quando cada uma das agremiações amealhou 35 lugares. Na oportunidade, Netanyahu tentou costurar uma coalizão com partidos nacionalistas, religiosos e de ultradireita, mas sem sucesso.

Algumas diferenças, porém, são dignas de nota. O partido secular nacionalista Israel Nossa Casa ampliou sua presença parlamentar de 5 para 8 assentos e deve ser o fiel da balança para a formação do novo governo. Já a Lista Árabe Unida obteve 13 cadeiras, tornando-se a terceira força política do país.

Este último resultado mostra que a estratégia populista de Netanyahu de estigmatizar os palestinos não surtiu o efeito esperado desta vez. Gantz, por sua vez, cortejou o apoio dos cidadãos árabes e prometeu construir moradias e hospitais em suas comunidades.

Agora, cabe ao presidente de Israel, Reuven Rivlin, escolher aquele que possui as melhores chances de formar uma coalizão majoritária. Dentre os vários cenários possíveis, cogitou-se o plano improvável de um governo de união centrista, formado pelo Azul e Branco, o Israel Nossa Casa e o Likud.

Para o atual premiê, há dez anos no poder, trata-se de uma luta que transcende sua sobrevivência política. Investigado em casos de corrupção, ele deve ser denunciado em breve e sabe que terá muito mais dificuldade sob um Parlamento que não lidere.

Bibi, como é conhecido, está entre os principais aliados de Jair Bolsonaro (PSL) no plano global. Caso deixe o governo, o Planalto passará pelo teste de estabelecer as relações com Israel sem as afinidades naturais entre os dois líderes.

editoriais@grupofolha.com.br

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas