Segurança no rumo certo
Há perdas incomensuráveis durante essa caminhada
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A Síria entrou em guerra civil no início de 2011. Desde então, forças fortemente armadas, tanques e aviões se enfrentam em combates ferozes pelo domínio do país, até com uso de armas químicas. As estimativas variam, mas o número de mortos está em torno 450 mil. É um dos conflitos mais violentos do mundo atualmente.
Não há guerra no Brasil, somos um país pacífico, sem problemas fronteiriços e sem atritos internos graves. No mesmo período das atrocidades sírias, foram assassinadas 436 mil pessoas no Brasil. Números muito semelhantes. Algo está errado. E ainda há quem não queira ver a realidade: vivemos uma guerra contra o crime organizado e o narcoterrorismo.
Assumi o governo do estado do Rio de Janeiro com a bandeira do enfrentamento ao crime. Tenho a perfeita noção do tamanho do problema que o país enfrenta. É uma luta de vida e morte. Infelizmente. Há milhares de vítimas inocentes todos os dias. Estou ao lado delas. Luto por eles, brigo e vou levar essa política de segurança adiante para salvar vidas e mudar o quadro trágico que recebi ao assumir em janeiro.
Os fatos já podem ser vistos, pois há melhoria em praticamente todos os índices de criminalidade. Até setembro, o número de homicídios dolosos caiu 21%. São 818 pessoas que poderiam não estar vivas se os caminhos que eu escolhesse fossem os da omissão e da covardia. Muitos governantes do passado optaram pela política dos acordos ou do não enfrentamento. Estamos neste caos pela opção equivocada de achar que venceríamos o crime pela inércia. Chegamos a um beco sem saída. Por isso, é preciso enxergar a realidade para mudar a trajetória.
Neste ano, iniciamos um processo de transformação. As forças de segurança melhoraram significativamente seu desempenho. Apoiei nossos policiais, e eles responderam positivamente: aumento de 43% na elucidação de crimes pela Polícia Civil, que resolve mais crimes letais e mais autorias de roubos. Os casos solucionados saltaram de 45 mil para 65 mil. As polícias Civil e Militar retiraram de circulação 438 fuzis —um recorde—, além de apreenderem 33,9 toneladas de drogas em 2019, superando os anos anteriores. O roubo de veículos caiu 23%, e o de cargas, 19%. Os policiais que obtiveram esse resultado estão na linha de frente do combate. Colocam suas vidas em risco todos os dias. Merecem o nosso apoio e confiança.
Alguns questionam a política de segurança do governo do estado. Respeito opiniões quando embasadas. E respeito ainda mais números e fatos. Fui juiz federal. Exerci a magistratura tomando decisões com base nos autos. Unindo opinião com fatos, dados e estatísticas caminhamos para algo mais próximo dos princípios científicos. Assim, a inteligência policial poderá obter melhores resultados para inibir a ação de delinquentes. Conseguiremos números ainda melhores, até porque estamos ampliando o quantitativo de policiais militares nas ruas em mais 3.000 homens. E já colocamos 354 agentes a mais na Polícia Civil.
Há perdas incomensuráveis durante essa caminhada. Sou pai, solidarizo-me com cada família atingida pela violência. Tenho certeza de que estamos no caminho certo. O recuo que alguns defendem significa deixar o território para nossos adversários, os inimigos da vida, da ordem, da paz, da lei. Mas aviso: eles não terão trégua. Reafirmo o sociólogo e jurista alemão Max Weber: o Estado tem o monopólio do uso legítimo da força. Quem não obedecer deve receber o peso da Justiça.
Avançaremos na iniciativa de levar novas políticas e equipamentos públicos às comunidades do Rio. Sempre foi promessa, mas nunca chegou perto de ser cumprida. Vamos colocar em prática e melhorar os indicadores sociais de áreas carentes, retirando o poder do crime de aliciar jovens para suas fileiras.
Vamos romper com o círculo do mal que se instaurou por anos em cidades que viviam sitiadas pelo medo.
Superamos, assim, os primeiros meses de gestão com esses números e muitos projetos em andamento. Em benefício de todos. Do povo do estado do Rio, do povo brasileiro. E vamos seguir em frente.
Venceremos!
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