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Adão Francisco de Oliveira e Marco Antonio Mitidiero Junior

A ciência geográfica não cabe numa opinião

Temos o dever ético e moral de defender a ciência, o financiamento público e o Estado democrático de Direito

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Adão Francisco de Oliveira

Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFT (Universidade Federal do Tocantins), é presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege)

Marco Antonio Mitidiero Junior

Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPB, UFS e TerritoriAL (Unesp); ex-presidente da Anpege

Sobre o artigo "O que aprendi no Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia" (27/10), publicado nesta Folha pelo colunista Leandro Narloch, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege) entende que:

1 - Tendo como primeiro presidente Milton Santos, um dos mais importantes geógrafos do mundo, professor da USP e colaborador e colunista neste mesmo jornal durante anos, esta associação tem em sua base hoje 75 dos 77 programas de pós-graduação em geografia do país, organizados em cursos de mestrado e/ou doutorado, o que denota a sua contribuição e envergadura de representação político-científica. A Anpege realiza bienalmente o Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Enanpege), sendo que o deste ano foi o 14º encontro, que se constitui como importante instrumento de intercâmbio entre pesquisadores e de atualização do conhecimento geográfico, sobretudo na atual conjuntura brasileira;

2 - A quantidade de programas de pós-graduação, de fundações, institutos, agências e superintendências de pesquisa geográfica nos estados federados (e sua importância ao planejamento estatal), e as quase cem revistas científicas de divulgação desta área, fazem da geografia brasileira uma das mais importantes escolas neste campo no mundo, reconhecida por sua autonomia crítica e sua capacidade de produção científica;

3 - Assim, a Anpege tem como responsabilidade oportunizar aos milhares de pesquisadores comprometidos com a ciência geográfica e demais áreas de conhecimento um espaço de articulação do saber que coloque em evidência as teorias, abordagens e temas da atualidade, com enfoque no espaço nacional brasileiro, com suas contradições e possibilidades. Ao mesmo tempo, tem o dever ético e moral de defender a ciência, a pesquisa científica, o financiamento público e o Estado democrático de Direito; de combater o negacionismo científico, o obscurantismo e a vulgaridade de opiniões descomprometidas com a verdade; e, sobretudo, de colocar a produção do conhecimento geográfico na consolidação de uma sociedade igualitária e na busca por justiça social.

TENDÊNCIAS / DEBATES
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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