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Paulo Solmucci

Imposto alto é preocupação constante do eleitor brasileiro

Quanto antes tomarmos as medidas corretas em relação aos impostos, mais o país crescerá

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Paulo Solmucci

Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)

Pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial deste ano, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa para o banco BTG Pactual e divulgada em junho, traz um alerta muito importante para os candidatos que vierem a ser escolhidos em outubro.

Isso porque, além de indicar as preferências dos eleitores em relação aos diferentes nomes na disputa, o levantamento apresenta as maiores preocupações que unem os brasileiros em um momento de crise global, que exige respostas corajosas dos nossos governantes.

Postos já vendem litro de óleo diesel mais caro que o litro de gasolina - Folhapress

Refiro-me especificamente ao fato de que, conforme a pesquisa que ouviu 2.000 pessoas entre os dias 24 e 26 de junho, a carga tributária imposta aos contribuintes é o primeiro ou o segundo maior problema da economia brasileira para 29% dos entrevistados, independentemente dos candidatos nos quais eles pretendem votar. À frente dela aparecem apenas o desemprego e a inflação alta.

Ocorre que o excesso de impostos está diretamente ligado aos preços elevados e à falta de oportunidades de trabalho para a população, pois impõe pesados custos adicionais, reduz a competitividade e limita a capacidade de geração de empregos das empresas.

E, ainda, abre espaço para a concorrência desleal dos produtos contrabandeados ou pirateados, que não pagam qualquer tributo nem respeitam leis trabalhistas.

Talvez o melhor exemplo dos prejuízos causados por esta distorção seja o cigarro ilícito, que representa quase metade dos produtos consumidos no Brasil, vindos na imensa maioria do Paraguai, segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).

Para se ter uma ideia, enquanto o produto fabricado legalmente em nosso país paga até 90% em impostos federais e estaduais, no Paraguai a taxação não passa de 20%.

Com isso, o cigarro ilegal custa aqui, em média, 65% menos do que o legal. Só que, em compensação, impede a criação de nada menos do que 173 mil postos de trabalho na cadeia produtiva do tabaco no país, de acordo com a consultoria Oxford Economics.

Além disso, é sempre bom lembrar que o contrabando geralmente está associado a vários outros tipos de crimes —como roubo de cargas e o tráfico internacional de drogas e até de armas—, deixando um rastro de insegurança e violência por onde passa.

Não é à toa, portanto, que a questão dos impostos seja uma das prioridades para os eleitores brasileiros e deva estar também entre os principais objetivos dos governantes. Precisamos de mudanças estruturais e de um novo modelo tributário que efetivamente estimule o crescimento da economia, gere empregos e privilegie os empreendedores e a indústria nacional.

Quanto antes tomarmos as medidas corretas em relação aos impostos, mais o país crescerá.


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