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Becky S. Korich

(F)utilidades futebolísticas

Vale tudo no tapete vermelho do tapete verde do estádio

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Becky S. Korich

Advogada, escritora e dramaturga

Se o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes, o cabelo dos jogadores é a coisa mais importante das coisas menos importantes do futebol.

Não é à toa que além dos 26 jogadores, 2 barbeiros foram convocados para acompanhar a seleção no Qatar. Se oficialmente esses hair stylists não fazem parte da equipe técnica, certamente têm uma importância fundamental para o time.

Vini.Jr, Raphinha, Paquetá e Neymar celebram gol do Neymar, de pênalti, na vitória da seleção brasileira contra a Coreia por 4 a 1, no estádio 974, pelas oitavas de final da Copa do Qatar - Gabriela Biló/Folhapress

Descolorados, raspados, platinados, esculpidos, moicanos, degradês, riscados, tem para todos os gostos. Vale tudo no tapete vermelho do tapete verde do estádio, desde que os looks sejam à prova de cabeçadas.
Não vemos mais cabelos naturais como os cachos do Biro Biro, a juba do Valderrama, os fios ao vento do Zico. A beleza de boas jogadas não basta, tem que ter estilo das chuteiras dos pés à cabeça.

E por aqui beleza tem nome: Alisson. Com o seu penteado comportado, que nos leva a ter pensamentos descomportados, faz a gente babar com defesas de parar a bola e o trânsito. O bigode durou pouco, ainda bem, mas passou o recado para os homens no novembro azul. Defesaça!

Se foi o antizica do Richarlison que rendeu o voleio que colocou a bola no gol da Sérvia, já terá valido. A folha de arruda virou febre, é o corte mais pedido para habitar as cabeças esperançosas dos meninos que sonham em ter a mesma sorte que o destino conferiu ao jogador.


No quesito sobrancelhas, o Gabriel Jesus ganha de goleada, vontade de carregar no colo.

Mas esse encanto não é exclusividade nossa. A Coreia do Sul, por exemplo, nos presenteou com um colírio de olhos puxados chamado Son, emoldurado por cabelos corretíssimos. E como por trás de todo belo time tem um técnico se descabelando, a taça vai para o charmosão senegalês Aliou Cissé, com seus dreads para nos deixar locks.

Para quem pense que tudo isso é futilidade, já estamos carecas de saber: a gente não quer só diversão e arte, a gente quer a vida, bela, como a vida quer.

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