Agora aos chips, com os chineses
Gigante asiático mostra disposição em expandir investimentos no Brasil
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Na terça-feira (5), a montadora chinesa BYD iniciou as obras da fábrica na Bahia, acionando tratores com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Seus primeiros carros elétricos e híbridos devem chegar ao mercado no fim do ano, mas já dispararam compromissos de investimento da Toyota e outras concorrentes.
Dias antes, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) bateu o martelo para o consórcio da fabricante de trens chinesa CRRC, que vai construir e equipar a ferrovia de média velocidade que ligará São Paulo a Campinas. O projeto, que envolve o BNDES, deve incluir fábrica de trens próxima a Campinas.
Os negócios foram precedidos de viagens à China feitas por Rodrigues e pelo vice de Tarcísio, Felicio Ramuth (PSD). Em Minas, parte da imprensa cobra de Romeu Zema (Novo), que também viajou, por que "os chineses preferiram Tarcísio". Estiveram ainda por lá, entre outros, o goiano Ronaldo Caiado e o mato-grossense Mauro Mendes, ambos do União Brasil.
Caiado e Mendes são possíveis interessados noutra infraestrutura logística que é conversada com os chineses, a ampliação de rodovias e ferrovias até o Pacífico. O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Jin Liqun, falou estar com "a melhor disposição" de financiá-las, ao encontrar Lula na terça.
No momento, é a BYD que chama a atenção, pela diversidade de sua aposta no Brasil. Diante do mercado com carros de preço alto, sem montadora nacional para proteger e que serve de porta de entrada para a América do Sul, a perspectiva é que Camaçari (BA) seja sua maior fábrica fora da China. Mas tem mais.
A montadora projetou e fabrica, na China, os trens para viabilizar o monotrilho paulistano. E fabrica, no interior paulista, painéis solares —que se integrarão futuramente à sua produção de baterias; aliás, com minérios extraídos do Brasil ao Chile.
Enquanto os governadores buscavam carros e trens, Lula pressionava por apoio à produção de chips. Para analistas, é o próximo passo da BYD.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters