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Alimentos no radar

Lula indica preocupação com comida mais cara; fenômeno tende a se esgotar logo

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Consumidores fazem compras em supermercado de São Paulo (SP) - Rivaldo Gomes/Folhapress

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Como seria de esperar, a queda da popularidade observada nas últimas pesquisas não tardou em provocar reação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu governo.

Além da surrada estratégia de apontar o mercado e o Banco Central como bodes expiatórios, o Planalto fez saber que está preocupado com a alta recente dos preços dos alimentos, um suposto motivo de insatisfação do eleitorado.

De fato, nos últimos meses houve encarecimento de diversos artigos de peso na cesta de consumo popular, ocasionado principalmente pelo fenômeno climático El Niño, que altera o regime de chuvas e temperatura nos meses do verão.

Entre dezembro e fevereiro, a alta no grupo de alimentação no domicílio do IPCA ficou em 4,3%, com destaque para hortifrutigranjeiros, culturas em sua maioria de ciclo curto que são muito impactadas pela mudança do clima.

Tubérculos, raízes e legumes, por exemplo, subiram 25% no período. Arroz e feijão também ficaram 17% e 31% mais caros, respectivamente. Frutas avançaram 13%.

Também houve impacto negativo na safra de grãos, que terá produtividade menor que a observada no ano passado. Nesse grupo, porém, a pressão permanece controlada, dados os estoques elevados e menos compras da Argentina.

No geral, a perspectiva é de esgotamento dessa tendência nos próximos meses. Espera-se que a inflação de alimentos fique em torno de 3,5% neste ano, muito abaixo da média de quase 12% ao ano do período 2019 a 2022.

Sempre é pertinente que o governo aperfeiçoe mecanismos como estoques reguladores, financiamento ao pequeno produtor e seguros para a safra. Mas o setor já é amplamente subsidiado e conta com crédito abundante, de modo que não fariam sentido aportes adicionais do poder público.

Para além desse tema, a gestão petista deveria evitar que a ansiedade com a queda da aprovação de Lula leve a uma nova rodada de alta de gastos públicos e outras medidas imprudentes. As consequências nocivas para o bem-estar da população teriam tempo de sobra para se materializarem até o fim do mandato presidencial.

editoriais@grupofolha.com.br

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