A Folha perguntou aos leitores qual, na opinião deles, é a melhor forma de introduzir o hábito da leitura nas escolas. Eles citaram medidas para tornar o ensino de literatura mais prazeroso para os estudantes. Confira a seguir algumas respostas.

Diferentes gêneros são uma boa alternativa. Não lembro de ter lido livros de suspense ou biografias na escola...
Ana Gabriela Farah (São Paulo, SP)

Uma excelente introdução à leitura seriam os livros infantojuvenis que são best-sellers. São leituras mais atrativas por estarem escritas na linguagem dos jovens e, com um ambiente propício e a mediação de um professor capacitado e aberto, pode ser palco de várias discussões relevantes e cenário de muita troca.
Amanda Mayara Sobral Rodrigues (Campina Grande, PB)

A grande maioria dos adolescentes não tem repertório e nem a capacidade literária de encarar um livro do século 19, livros do século 21 (ou pelo menos a partir dos anos 1970) são muito mais apropriados.
Alberto Lucas Silva (Recife, PE)

As coleções "Para Gostar de Ler" e "Vaga-Lume" são exemplos felizes dessa corrente. A leitura de clássicos, que possuem linguagem rebuscada e situações não atraentes a esta faixa etária, sem o despertar do gosto pela leitura só provoca desinteresse. Esse público precisa antes ter obtido experiências prazerosas.
Flavio Rimi (Santo André, SP)

Os clássicos devem continuar sendo leitura obrigatória, pois auxiliam no desenvolvimento vocabular, habilidades de interpretação dos alunos e na compreensão de características de períodos estéticos.
Felipe Baroni Santoro Silva (Brasília, DF)

A maioria das escolas tem biblioteca. É fundamental fazer dela o centro da escola com atividades multidisciplinar, como um clube do livro.
Marcia Ramos (Rio de Janeiro, RJ)

Antes de ler Machado de Assis ou Guimarães Rosa, o estudante deve ter lido mangás, best-sellers e livros que inspiraram suas séries favoritas.
Sidinei Mateus Schmidt (Panambi, RS)

Promover gincanas de leitura, com atividades como um teatro do livro lido, escrito pelos alunos.
Lucia Helena Conde de Souza (Santos, SP)

Alguns clássicos têm de ser obrigatórios, mas é melhor escolher dois por ano e trabalhar de forma interdisciplinar.
Luciana Andrade Freire (Salvador, BA)

Sair de obras elitistas e ler obras que trazem a realidade do aluno ajudaria muito, já que ele se veria na história e no personagem.
Laura Madeira Ferreira (Gravataí, RS)