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'Tem que tirar o poder de investigação do Ministério Público', afirma José Dirceu

Petista diz que órgão se tornou polícia política do país e critica a Lava Jato

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São Paulo

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu defendeu que a retirada do poder de investigação do Ministério Público, que deve atuar apenas na acusação. Condenado na Lava Jato, o petista também criticou a operação e disse que a prisão de Lula foi uma ação eleitoreira. 

“Tem que tirar o poder de investigação do Ministério Público. O Ministério Público serve para acusar. Virou uma polícia política, não há controle nenhum. E mais: uma das maiores corporações que existem no Brasil. É um escândalo a folha de pagamento de um procurador da República no Brasil”, declarou durante entrevista neste sábado (29) ao Portal AZ do Piauí.

O ex ministro do governo Lula José Dirceu durante coletiva de imprensa para falar sobre o livro que ele escreveu durante o período que esteve preso, em Brasília - Pedro Ladeira - 29.ago.2018/Folhapress

O ex-ministro disse que esse poder foi concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2016, contrariando o que estabelece a Constituição Federal, resultou em investigações sigilosas que já foram questionadas pelo ministro do Supremo Gilmar Mendes.

“O Ministério Público não pode investigar: ele acusa. Quem investiga é a Polícia Federal e a Polícia Civil, quem decidiu isso foi a Constituinte”, afirmou.

Condenado duas vezes em segunda instância com penas que juntas somam mais de 39 anos de pena, Dirceu foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) e responde aos processos em liberdade desde junho.

Ele criticou a Lava Jato e disse que a operação tem uma parcela de responsabilidade pela crise econômica do país, por ter prejudicado as construtoras.

“A Lava Jato se transformou num dos maiores erros do país. Todos os empresários fizeram delações e ficaram com seus bens e todas as empresas quebraram, ou estão inabilitadas ou estão praticamente paralisadas”, disse.

Dirceu também voltou a se declarar contra as prisões em segunda instância, afirmando que as mesmas são feitas de forma dirigida. Sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele afirma que a mesma teve intuito eleitoral, para impedir o petista de ser candidato.

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