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Após áudios, Globo se defende de Bolsonaro com jornalismo, e Record fica na torcida

Principais redes do país se veem no centro da disputa no palácio e optam por coberturas muito diversas

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Flagrada no centro da disputa de poder no Palácio do Planalto, a Rede Globo escancarou o jogo e se defendeu, extensivamente, com jornalismo. Começou na escalada do Jornal Nacional, que abordou desde logo, na quarta chamada, seu papel e sua defesa:

"Bolsonaro mandou cancelar a visita do vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, que estava registrada na agenda pública do ministro. Em nota, o Grupo Globo declarou que considera não ter e não cultivar inimigos e que sua missão é levar ao público jornalismo independente."

O presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Bebianno - Adriano Machado/Reuters

Mais importante, no final da série de manchetes: "O Jornal Nacional traz na íntegra todas as mensagens tornadas públicas e a repercussão da crise em Brasília". Foram 15 minutos para os áudios, 5 para a repercussão, mais 3 para a laranja do ministro do Turismo e 3 para a primeira derrota no Congresso.

Foi jornalismo e, portanto, crítico. Em contraste, o Jornal da Record, talvez a emissora favorita de Bolsonaro entre as concorrentes da Globo, manteve na escalada a cobertura chapa-branca que adota desde o final do primeiro turno da eleição:

"Depois da demissão do ministro por quebra de confiança, revista divulga mensagens trocadas entre o presidente Bolsonaro e Gustavo Bebianno. Porta-voz diz que governo não vai comentar vazamento dos áudios."

Posteriormente, na reportagem também chapa-branca, destacou as críticas e o veto de Bolsonaro à Globo, em favor das "outras emissoras", uma das quais é a própria Record. O SBT de Silvio Santos, que disputa com Edir Macedo as graças do novo governo, evitou o áudio em que é indiretamente mencionada.

A Globo prefere chamar seu lobby em Brasília de "relações institucionais", eufemisticamente, mas de resto a cobertura do dia no JN se esforçou por ser exemplar —até mesmo ao noticiar que o ministro Sergio Moro "reconheceu a motivação política" de ter esfacelado seu pacote.

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