Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Governo contraria Congresso e quer manter nome técnico em ministério cobiçado por senadores

Onyx defende Gustavo Canuto para pasta que seria recriada após desmembramento do Desenvolvimento Regional

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O Palácio do Planalto quer manter o ministro Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) à frente da pasta da Integração Nacional na reestruturação do primeiro escalão do governo, em discussão no Congresso.

A possível permanência de Canuto contraria a expectativa do Congresso, que costura um acordo para que o Senado indique o chefe da nova pasta.

Pela negociação, a Câmara escolheria o chefe do Ministério das Cidades, que também seria recriado a partir do desmembramento do Desenvolvimento Regional.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, durante a transição de governo, em novembro - Pedro Ladeira - 28.nov.18/Folhapress

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta terça-feira (7) à Folha que não há definição sobre quem vai ocupar essas pastas, mas afirmou que a intenção do governo Jair Bolsonaro é deixar o Ministério da Integração nas mãos de Canuto —um nome técnico que foi chefe de gabinete da pasta de 2015 a 2017.

“O ministro Canuto permaneceria na Integração Nacional", declarou Onyx. “A escolha para Cidades é algo que ainda será definido em conversas com o presidente Bolsonaro."

O chefe da Casa Civil confirmou que está em discussão a possibilidade de líderes da Câmara indicarem o ministro das Cidades. Nos bastidores, esse caso é tratado como um esforço do Planalto para dar prestígio aos deputados e facilitar a articulação do governo Bolsonaro no Congresso.

O nome mais cotado para o Ministério das Cidades é o do ex-deputado Alexandre Baldy, filiado ao PP. Atualmente, ele é secretário de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo. Baldy é considerado uma indicação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de quem é aliado.

Os senadores chegaram a discutir a escolha de Fernando Bezerra (MDB-PE), atual líder do governo na Casa, como futuro ministro da Integração Nacional. Ele comandou a pasta de 2011 a 2013, no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT).

Há três caminhos em negociação: o Senado pode avalizar o nome de Canuto para o ministério; o Planalto pode ceder e permitir a indicação de Bezerra Coelho para a pasta, deixando Canuto em uma de suas secretarias; ou o governo pode manter Canuto como ministro e entregar aos senadores outra vaga na Esplanada. Uma possibilidade é abrir espaço no Ministério do Turismo.

De acordo com a coluna Painel, o presidente pode aproveitar a mudança na estrutura do governo para fazer uma minirreforma do primeiro escalão e desalojar o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, do PSL.

Ele é investigado pela Polícia Federal em Minas Gerais por suspeita de liderar um esquema de financiamento ilegal de candidaturas de laranjas em 2018.

Onyx afirmou que a decisão de desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional também teve razões técnicas. Segundo ele, havia uma sobreposição de funções na pasta.

"O Ministério das Cidades se dedicava a questões mais urbanas, enquanto a Integração Nacional se concentrava em assuntos muito mais ligados a regiões específicas do país. Desta maneira, poderemos atender melhor às demandas da população", declarou.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas