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Descrição de chapéu Previdência

Após votação de reforma, oposição diz não crer em vitórias no Congresso

Siglas planejam se reunir na semana que vem para discutir estratégia

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Rio de Janeiro

Derrotados na votação da reforma da Previdência, cujo texto-base foi aprovado em primeiro turno na Câmara, partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) planejam se reunir na semana que vem para repensar sua estratégia no Congresso e nas ruas.

Dirigentes do PT, PC do B e PSOL reconhecem, no entanto, não haver chances de vitória no Congresso nas votações de matérias que atendam a interesses econômicos.

A orientação, com isso, é intensificar a mobilização nas ruas.

Deputados da oposição erguem cartazes contra a reforma na quarta-feira (10) - Pedro Ladeira/Folhapress

Na quarta (10), por por 379 votos a 131, a Câmara aprovou o texto-base que altera as regras de aposentadoria e pensão. 

Os deputados retomaram a discussão de cerca de 20 destaques ao texto nesta quinta (11) —os destaques são recursos para que temas específicos do projeto sejam votados separadamente.

Líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) afirma não ter qualquer ilusão de atrair o centrão na votação de matéria econômica. O grupo de parlamentares é formado por DEM, PP, PSD, PR, PTB, PRB, Pros, Podemos, Solidariedade, entre outras siglas menores. 

"Essa votação mostrou que existe um núcleo duro que gira em torno das questões de mercado. Os ruídos da politica não interferem na pauta econômica", disse Pimenta.

No mesmo partido, o deputado Carlos Zarattini afirma que a oposição tem que buscar, nas ruas, espaço para a crítica às medidas impopulares do governo.

No entanto, na avaliação do presidente do PSOL, Juliano Medeiros, a oposição viu frustrada a expectativa de maior mobilização popular. Ele admite dificuldades para furar um bloqueio no debate sobre as reformas. 

"O debate público foi sequestrado e a oposição não consegue apresentar suas propostas", afirma Medeiros.

Dirigente do PC do B, o deputado federal Orlando Silva (SP) afirma que a oposição precisa oferecer alternativas à reforma da Previdência para sair do que chamou de "cercadinho". "Ficamos totalmente isolados", disse.

Em Curitiba nesta quinta (11) para visitar o ex-presidente Lula na prisão, Dilma Rousseff (PT) afirmou que gostaria de ter feito uma reforma da Previdência em seu governo e que iniciou um planejamento nesse sentido, mas que o processo de impeachment a impediu de conclui-lo.

"Gostaríamos de ter feito uma reforma bem diferente dessa até porque achávamos que tínhamos que manter vários direitos adquiridos, mas também que era necessário, na medida em que nós mesmos fomos responsáveis pelo aumento da expectativa de vida no país", disse.

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