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Datafolha: Eleitor vê Nunes experiente, Boulos defensor de pobre e Marçal desrespeitoso

Novidade eleitoral, influenciador é percebido como mais inteligente, mas que não cumprirá promessas

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São Paulo

Um quadro com a percepção do eleitorado acerca dos candidatos à Prefeitura de São Paulo neste ano, aferido em nova pesquisa do Datafolha, traz Ricardo Nunes (MDB) como o mais experiente, Guilherme Boulos (PSOL) como quem mais defende os pobres e Pablo Marçal (PRTB) como o mais desrespeitoso.

Essas são as avaliações de maior destaque do trio que lidera a corrida eleitoral, entre 11 itens avaliados pelo instituto no levantamento, que tem uma margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

Na montagem, da esq. para a dir. os candidatos Nunes, Boulos, Marçal, Tabata e Datena

Atual prefeito, Nunes está numericamente à frente nas intenções de voto com 27%, empatado tecnicamente com Boulos, que marcou 25%. Um pouco mais atrás vem Marçal, principal novidade do pleito, com 19%.

O ponto de maior destaque de Nunes é a experiência, fruto dos quase três anos e meio à frente da prefeitura, que herdou como vice de Bruno Covas (PSDB), morto em 2021. Para 43% dos eleitores, ele é o mais experiente dos candidatos.

Atrás dele vem Boulos, que é deputado federal e nunca ocupou cargo no Executivo, com 23%. Menos bem avaliados no quesito são Marçal (8%), o apresentador José Luiz Datena (PSDB, 4%) e a deputada Tabata Amaral (PSB, 1%).

Já o deputado do PSOL aparece melhor quando a questão é sobre quem defende mais os pobres, com 33% de citações. A seguir vêm Nunes (14%), Marçal (12%), Datena (9%) e Tabata (5%).

Um dos principais focos da campanha de Boulos é justamente aumentar a penetração nesse eleitorado —na amostra do Datafolha, 34% do eleitorado ganha até 2 salários mínimos. Até aqui, Nunes tem mais sucesso, marcando 27% de intenção no grupo, ante 21% de Boulos.

Radical livre eleitoral neste ano, Marçal é percebido como quem mais desrespeita os adversários por 51% dos ouvidos. Apenas 10% acham isso de Boulos, 9%, de Datena, 4%, de Nunes e 2%, de Tabata.

A virulência e a estridência de críticas e acusações, muitas vezes falsas, como a invenção de que o deputado do PSOL é cocainômano, são parte assumida de sua tática. Sem tempo de TV devido à inanição congressual do PRTB, ele aposta nos "cortes" de suas diatribes para vender sua imagem em rede social.

Os três líderes da disputa até aqui também se alternam como mais citados nos itens restantes do Datafolha.

A única exceção é a percepção de quem é mais bem preparado para combater a violência: ali, Datena colhe os frutos de anos de programas policialescos na TV para marcar 21% de citações, numericamente à frente de Nunes (18%) e Boulos (17%). Marçal vem depois, com 15%, e Tabata marca 3%.

Em temas administrativos, há outros empates. O paulistano acha o deputado (23%) e o prefeito (21%) mais bem posicionados para lidar com a educação. A posição se inverte, com 23% para Nunes e 22%, para Boulos, quando o assunto é saúde. Os outros candidatos ficam bem atrás nos dois itens.

Quando questionados sobre quem é mais preparado para combater a corrupção, os paulistanos citam igualmente Marçal (17%), Boulos (17%), Nunes (14%) e Datena (14%). Tabata fica para trás, com 6%.

Se é visto como mais desrespeitoso, Marçal também passa a impressão de ser o mais inteligente dos candidatos. Dizem isso 26% dos entrevistados, ante 19% que têm essa percepção de Boulos, 16%, de Nunes, 10%, de Tabata, e 5%, de Datena.

Ao mesmo tempo, o influenciador também lidera a menção negativa de ser quem faz mais promessas que não serão cumpridas, como apontam 28% dos eleitores. Dizem isso do deputado 18%, e do prefeito, 15%. Os demais ficam abaixo.

Marçal, candidato mais rico nesta campanha, também fica com a dúbia menção de ser visto como o que mais defende os ricos, com 27% de citações. O prefeito vem com 21%, enquanto os demais ficam todos abaixo de 10%. Já no quesito sinceridade, há um triplo empate entre Marçal (19%), Boulos (18%) e Nunes (15). Datena tem 10% e Tabata, 8%.

O Datafolha ouviu 1.204 pessoas nos dias 10 e 11 de setembro. A pesquisa, encomendada pela Folha, tem registro SP-07978/2024 na Justiça Eleitoral.

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