Práticas em ESG vão além de meio ambiente; saiba como trabalhar na área
Ter um perfil analítico e boa comunicação são algumas das habilidades requisitadas
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Como desenvolver carreira em ESG
Já falamos na newsletter sobre como trabalhar com economia criativa, e nesta edição, vamos fazer algo parecido, só que desta vez sobre como desenvolver carreira em ESG.
Começando pelo básico: o que é ESG? É uma sigla em inglês –Environmental, Social and corporate Governance– que significa melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Trata-se de como a empresa vai trabalhar esses aspectos em torno dos seus negócios.
↪ Dá um scroll para ver alguns exemplos no final desta seção. Gostou do tema? Veja as últimas notícias sobre ESG publicadas na Folha.
Como se tornar um profissional desse ramo? Spoiler: não é preciso ter formação em áreas relacionadas com o meio ambiente. Há profissionais de diferentes segmentos, como de recursos humanos ou do jurídico, atuando no ramo. Na seção Dia a dia do profissional em ESG, trago um exemplo.
↪ Nelmara Arbex, sócia e líder de ESG da consultoria KPMG, diz que o primeiro passo para entrar nesse universo profissional é procurar ler relatórios de sustentabilidade das empresas e entender como, na prática, é possível medir, discutir e entender os indicadores e metas da organização com o tema.
↪ E mais, nesse documento, você pode analisar se a liderança está comprometida, quais temas aborda, como planeja lidar com esses assuntos, quais contribuições faz para a sociedade e o que pretende entregar.
E quais são as oportunidades dentro desse mercado? Segundo Ana Carla Guimarães, diretora de negócios da Robert Half, consultoria especializada em recrutamento e seleção, há desde cargos de analista, que identifica o que a empresa precisa para desenvolver o ESG, à cargos de especialistas, profissionais que já possuem um conhecimento sobre as práticas que o mercado adota. Além disso, há posições executivas, como diretores ou gerentes.
Habilidades requisitadas:
- Estar interessado em fazer conexões. Segundo Arbex, a palavra-chave do ESG é entender as dependências entre as diversas áreas e como relacionar questões ambientais com temas que afetam a sociedade e os negócios;
- Ser analítico. É preciso ter respaldo de estudo e conhecimento, além de ser uma pessoa curiosa com capacidade de resolver problemas de alta complexidade;
- Boa comunicação. Arbex afirma que grande parte da agenda ESG está relacionada com a capacidade de se comunicar internamente e externamente, já que, além do contato com a empresa, o profissional também lida com diversos grupos externos à ela.
- Não é uma habilidade, mas gostar do tema também conta. Para Luís Meyer, diretor de ESG do Grupo Boticário, é preciso estar disposto a impactar positivamente a vida das pessoas, do meio ambiente e da sociedade em geral.
Há muitas vagas, mas poucos profissionais especializados em ESG.
↪ O motivo?
- Arbex diz que a procura por profissionais de ESG é crescente. Vale lembrar que as questões sociais e éticas sempre afetaram os negócios, e as empresas precisam se preparar considerando esses impactos ou mudanças para que a organização continue existindo.
- Para Guimarães, o motivo da falta de trabalhadores no setor é por ser um tema novo. Logo, todas as áreas ainda precisam encontrar quais são as habilidades necessárias para o profissional.
- Por ser algo recente, não há tantas especializações. Exemplo: é possível ter uma pessoa com capacidade em identificar um novo produto de fundos de investimento sustentável para um grande grupo econômico. Não necessariamente, essa pessoa é formada em ESG, ela pode ter formação em economia ou estatística.
↪ A busca é por candidatos com conhecimentos específicos –como saber analisar o impacto climático em investimentos de bancos– ou genéricos –que saibam avaliar os riscos relacionados a questões éticas e sociais da empresa, por exemplo.
↪ Um estudo da CFA Institute analisou 1 milhão de perfis no LinkedIn e apenas 1% deles tinha qualificação em ESG.
Por trás da rotina empresarial. Conversei com organizações que trabalham ESG como uma área profissional, para além da conscientização. Trago dois exemplos: uma empresa totalmente centrada no segmento, e outra que possui uma área dedicada ao tema. Segue o fio:
- Abundance Brasil, companhia focada em restauração ambiental e evolução ESG.
A empresa está com vagas abertas para estágio em diferentes áreas. Como elas se relacionam com ESG?
↪ Sucesso do cliente: o contratado ficará encarregado de entender as demandas do cliente e como ele pode atuar nas pautas ligadas ao ESG.
↪ Gestão de comunidade: responsável por direcionar as discussões da Abudance Tribe (tribo da abundância), uma comunidade da companhia que fala sobre temas de ESG, atividades sustentáveis e qualidade de vida.
↪ Vendas: "[Como fazer uma] venda empática que não fique só empurrando um produto para as pessoas e que entenda a dor dos clientes. Além de conseguir vender um produto que gere valor", diz Pedro Miranda, CEO e cofundador da Abundance Brasil.
- Grupo Boticário. Na Diretoria de ESG da companhia, há equipes especializadas em diversidade e inclusão, impacto ambiental e social.
Quais os tipos de profissionais desse segmento?
"Os profissionais da área de ESG possuem formações diversificadas e não há um pré-requisito para ingressar nesse mercado. Na empresa, temos times multidisciplinares, das humanas às exatas, atuando em sintonia nas frentes de ESG", diz Meyer.
↪ Algumas dessas funções incluem preparação e avaliação dos relatórios e indicadores relacionados à temática, e auxílio em estratégias para desenvolver produtos e serviços com o menor impacto no meio ambiente e sociedade.
Dia a dia do profissional em ESG
Saiba como é a rotina de quem atua nessa área
Rotina: Marjorie conta que seu dia a dia é sobre escutar sua equipe. Ela costuma se perguntar: 'o que vou ouvir de diferente essa semana?' ou 'qual leitura vou fazer disso?'. O estudo também é algo constante, principalmente em assuntos relacionados a ESG e negócios. "Compreendo que as transformações precisam vir da companhia, por isso acabei de fazer um curso para analisar pensamentos estratégicos, liderança e como provocar no time um pensamento diverso", afirma.
Marjorie dá o exemplo da Cria da Quebrada, parceria entre as empresas P&G, Grey Brasil, e as instituições Universidade Zumbi dos Palmares e M.Ad School of Ideas para inserir profissionais negros no mercado publicitário. Ela diz que, quando estabelece um projeto como esse, traça um planejamento de quais pessoas precisam encontrar para contribuir com a iniciativa e como articular para que possa ter diversos pontos de vista. Também cita a importância de avaliar os resultados e as contribuições desses projetos para a companhia.
Dica para quem deseja trabalhar com ESG: Esteja disposto a aprender, escutar e seja empático com os profissionais do ramo. Lembre-se: ESG é uma área de colaboração e horizontal.
Não fique sem saber
Explicamos dois assuntos do noticiário para você
A duas semanas das eleições, casos de violência política marcam a disputa
Relembre os casos de ameaças, ataques e tensão:
- Foz do Iguaçu (PR), 9 de julho: O policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho matou a tiros o guarda municipal Marcelo de Arruda, que comemorava seu aniversário com uma festa temática do PT.
- Goiânia (GO), 31 de agosto: O bacharel em direito e assessor empresarial Davi Augusto de Souza, 40, foi baleado por um policial militar em uma igreja evangélica após briga política.
- Confresa (MT), 8 de setembro: Um homem que defendia Lula foi morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma discussão política. De acordo com a polícia, o autor do crime, Rafael de Oliveira, 24, tentou decapitar a vítima e, após o ato, ainda filmou o corpo.
- São Gonçalo (RJ), 9 de setembro: O bolsonarista Rodrigo Duarte, candidato a vereador pelo PRTB em 2020, provocou petistas antes de evento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro e deixou o local sangrando após ataques recebidos pelas pessoas que aguardavam o ato.
- Atentos: o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou, no início do mês, restrições relacionadas à posse de armas e de munições em razão do risco para o período eleitoral.
- Datafolha: a pesquisa mostrou que, para 40% dos eleitores, há grande chance de incidentes violentos no dia do pleito e 9% admitem deixar de votar por medo de violência política.
- E tem mais...o levantamento também revela que a maioria dos eleitores tem medo de agressão por motivos políticos.
- Opinião: Por que pessoas aparentemente normais cometem crimes políticos horríveis?, escreve o colunista da Folha Álvaro Machado Dias.
Quem lidera a disputa pelos governos de SP, MG, RJ e BH?
O que diz a pesquisa Datafolha, realizada de terça-feira (13) a quinta (15), sobre os candidatos aos governos estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia? Segue o fio:
- Em SP: o candidato do PT, Fernando Haddad, lidera com 36%. Tarcísio (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) disputam o segundo lugar.
- Garcia tinha 15% no levantamento anterior e foi a 19%. Tarcísio variou dentro da margem de erro, de 21% para 22%.
- A aprovação à gestão atual do tucano cresceu de 27% para 31% desde o início de setembro.
- Haddad é o candidato mais rejeitado na disputa. Uma parcela de 35% declarou que não votaria no petista de jeito nenhum, ante 27% em Tarcísio e 17% em Rodrigo
- No RJ: Cláudio Castro (PL), com 31%, e Marcelo Freixo (PSB), com 27%, seguem juntos na liderança da disputa eleitoral. Os dois estão tecnicamente empatados, pois a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou menos.
- Castro manteve o percentual atingido na última pesquisa, enquanto Freixo oscilou positivamente um ponto.
- 28% aprovam o atual governo de Castro, e 23% reprovam.
- Em MG: Romeu Zema (Novo) mantém liderança em Minas com 53% das intenções de voto, em larga vantagem sobre o candidato Alexandre Kalil (PSD), que tem 25%.
- Com o resultado, Zema permanece em condições de vencer a eleição já em primeiro turno.
- Em alta, a atual gestão é aprovada por 56%.
- Na Bahia: O candidato ACM Neto (União Brasil) segue na liderança na corrida pelo Governo da Bahia, mas seu adversário Jerônimo Rodrigues (PT) cresceu 12 pontos e reduziu a diferença entre os dois.
- O ex-prefeito de Salvador tem 49% das intenções de voto contra 28% de Jerônimo, candidato apoiado por Lula (PT).
- Em comparação com a pesquisa anterior, divulgada em 24 de agosto, ACM Neto caiu cinco pontos percentuais.
O que a Folha pensa: em seu editorial, jornal escreve sobre o avanço de Haddad na disputa pelo governo de São Paulo.
Falamos sobre candidatos a governador, mas você já sabe em quem vai votar para representante na Câmara dos Deputados e no Senado?
- Se você é de São Paulo, o Match Eleitoral te ajuda nisso. A ferramenta da Folha indica os candidatos com os quais o leitor "dá match", ou seja, tem mais identificação. Clique aqui e faça o teste.
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