Bom Pra Cachorro

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Descrição de chapéu Pets

'Dose de felicidade', 'fonte de conforto', 'amor da vida'; leia relatos de mães de pets

Tema por vezes polêmico, ser mãe de pet envolve amor, carinho e responsabilidade; leia depoimentos

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Ser mãe de pet envolve amor, carinho e responsabilidade. É ter uma companhia e uma patinha estendida nos momentos bons e também nos ruins.

Embora o tema seja polêmico, especialmente para quem não tem animal de estimação, cada vez mais os tutores veem os pets como filhos.

Mas o que é ser mãe de pet? Para marcar o Dia das Mães, celebrado neste domingo (14), o Bom Pra Cachorro reuniu depoimentos de mulheres que se dedicam aos seus peludos, chamados, sim, de filhos.

Cat and dog with red hearts. cachorro
Tutoras falam sobre o que é ser mãe de pet - Adobe Stock

"Só quem é mãe bichológica entende o que é ter um filho pet" -

Gabriele Valeriano, 32, mãezinha do golddust yorkshire Jonny Bibi, 4. O peludo tem a sorte de ser cuidado e amado também pela mãe-avó, Ivana Valeriano, 57

Só quem é tutor de algum animalzinho sabe a delícia que é ter eles por perto.

O Jonny Bibi chegou em nossas vidas em um momento muito difícil: fazia seis meses que nosso filhinho de quatro patas havia se tornado uma estrelinha, e a mãezinha dele estava passando por uma depressão. Foi aí que o Jonny Bibi apareceu. Ele tinha só quatro meses e conquistou nossos corações! E a depressão? Nem sei mais o que é isso!

O Jonny Bibi é o presentinho que Deus nos deu embrulhado em pelinhos!

E quando eu falo que só quem é mãe bichológica entende o que é ter um filho pet, é a mais pura verdade!

Sair de casa sem meu filho? Tenho certeza que a dor da separação é mais minha do que dele.

Aquela história de que cachorro não sobe na cama e no sofá? Esquece! Ele sobe, sim, e se bobear expulsa os humanos!

E quando o Jonny Bibi fica doente? É um tal de ficar sem dormir e largar tudo o que se está fazendo para para cuidar dele e rezar para que ele melhore...porque a pior coisa que existe é ver um filho doente!

Falar mal do meu filho? Aqui não! Mamãe vira uma fera! Mas quando elogiam o Jonny Bibi...aí é só orgulho!

Cansaço? Temos! Mas sabemos que a vida deles é tão curta que seria muita maldade não dedicar a maior parte do nosso tempo a eles —até porque eles dedicam todo o tempo que têm a nós!

A verdade é que o Jonny Bibi é o amor da minha vida todinha! E não importa se meu dia está ruim ou está maravilhoso, porque tenho a certeza que ele estará lá com um sorrisão no rosto e cheio de lambeijos para me dar; ou sei que ele vai roubar minhas meias para eu correr atrás dele; e me receber com a maior festa quando volto para casa!

Quando me perguntam se eu me arrependo de ter escolhido ser mãe bichológica, não preciso nem pensar: a resposta é mil vezes não! Como vou me arrepender de saber o que é ter amor, carinho, afeto, alegria de uma forma tão pura e incondicional?

Eu sei que muitos não estão preparados para ter essa discussão sobre o quão maravilhoso é ser uma mãe bichológica, mas parafraseando Nietzsche: E aqueles que foram vistos cuidando de seus filhos pets foram julgados insanos por aqueles que não tinham sequer um pet!

Obrigada, Jonny Bibi, por ter nos escolhido como suas mamães (sim, ele tem duas mães: A mãezona —mãe-avó— e a mãezinha!!). Sempre vamos fazer de tudo para que ele seja o auau mais feliz desse mundo!


"São minha família, meus amigos e minha fonte de conforto" -

Gisele Santos, 47, mãe dos buldogues Borges, 4, e Mafalda, 3

Desde os 15 anos meu sonho era cuidar de buldogue inglês. Sempre pesquisei sobre a raça. Participava de grupos. Tive cachorrinhos a vida inteira, e lembro de cada um deles com muito carinho.

Em 2019 realizei meu sonho duplamente. Foi quando os buldogues ingleses Borges e Mafalda chegaram na minha vida. Na época, eu ainda estava com depressão por ter perdido minha mãe —minha melhor amiga— em 2014. Eles me ajudaram a melhorar.

Em 2020, no início da quarentena, meu pai faleceu na minha frente. Infartou. Ele era meu alicerce. Comecei a ter crises de ansiedade e depressão, com frequentes idas ao hospital. Me vi sem meus pais, morei com eles a vida toda. Não tenho irmãos. Mas Borges e Mafalda estavam ali do meu lado estendendo as patinhas.

Por eles e com eles enfrentei a pandemia. Por eles eu tinha força para levantar todos os dias. E é assim até hoje. Eu e os dois no mundo. Eles são minha família, meus amigos e minha fonte de conforto e segurança em tempos difíceis. Também a razão pela qual eu continuo lutando todos os dias.

Eles são pets influencers, e criar o conteúdo me ajuda muito a ocupar a mente e me divertir.

Assistir a esses dois buldogues crescerem e se tornarem pets influencers tem sido algo maravilhoso.

Ser mãe de pet é muito amor envolvido: companhia, carinho, brincadeiras, risadas.

A preocupação existe: para alimentá-los, levar ao veterinário, cuidar depois das cirurgias (os meus buldogues fizeram três). São seres indefesos e dependentes.

Eles mostram diariamente que a felicidade está na simplicidade: a companhia, o carinho e o respeito já bastam.

A vida pode ser difícil, mas com esses dois adoráveis buldogues ao meu lado, eu sempre tenho motivos para sorrir. E é isso que torna a maternidade de pet tão especial —é uma conexão única e poderosa que transcende as palavras e nos conecta ao amor incondicional que só os animais de estimação podem nos dar.


"O fato é: mãe é quem cuida" -

Patricia Camargo, 37, mãe dos yorkshires Armandinho, 9, e Nina, 7

Mãe de pet também é mãe? Assunto polêmico, ainda mais na internet, onde infelizmente vemos muitas mulheres ferirem as outras com essa discussão que muitas vezes parece mais uma competição de egos e falta de empatia.

De acordo com o dicionário, mãe é "a mulher que deu à luz, a que cria ou a que criou". Além disso, também é a "pessoa generosa e bondosa que dispensa cuidados maternais e que protege muito aos outros". Isso já diz muito, né?

Nos últimos anos, cada vez mais pessoas optaram por não terem filhos humanos e adotaram pets, formando assim uma família multiespécie. Essa nova realidade inclusive foi criticada pelo papa Francisco em 2022, que afirmou que trocar filhos por pets é uma forma de egoísmo. Bem polêmico!

Mas, para mim, eu não penso que seja uma substituição, e sim uma escolha distinta. No meu caso, nesse momento, eu escolhi não ter filhos humanos e cuidar de dois cachorros!

Quando falo que Armandinho e Nina são meus filhos, estou falando mais em um lugar de cuidado, carinho e responsabilidade. É muito triste ver mulheres disputando um lugar de quem é mais mãe que a outra, colocando sua dor, sofrimento e dedicação em questão. Não existe porque julgar e minimizar o sentimento da outra. Não sabemos os reais motivos das escolhas de cada um, certo? Você pode estar machucando a alma dessa outra mulher, enquanto que para você não vai mudar nada! Fica a reflexão!

Mas independente da opinião de cada um, o fato é: mãe é quem cuida!


"Minha dose diária de felicidade" -

Yara Takara, 46, mãe de Crystal, Yuri, Bellynha, Joy, Jully, Nyna, Nicky, Mellynda, Lyz, Nicolly e Luy, 10 chihuahuas e 1 yorkshire com idades de 1 a 12 anos

Adoro ser mãe de pet. Eles enchem a minha vida de alegria e amor.

Sou mãe de 11 doguinhos, sendo 10 chihuahuas e 1 yorkshire.

À primeira vista parece ser bem trabalhoso, mas para mim é um grande prazer. Claro que demanda cuidados e responsabilidade, mas faço tudo com muito amor, pois eles me fazem realmente feliz. São a alegria e o colorido da minha vida.

Nossa conexão é incrível. Amo demais a minha turminhatopp e fico ainda mais feliz por saber o quanto eles levam alegria às outras pessoas através das fotos e dos vídeos criativos e divertidos.

Recebemos muitas mensagens de carinho diariamente e isso é bom demais! Afinal, cachorro é tudo de bom né?

A minha ligação com eles é tão forte que só de bater o olho eu já sei quando algo está errado, quando algum deles não está bem.

Amo o jeitinho de ser de cada um. Uns são mais agitados, outros mais quietinhos, mas em comum adoram posar para fotos e fazer vídeos, mandam muito bem como influenciadores digitais!

A nossa rotina é muito divertida. Por vezes confundo os nomes e também faço "chamada" para conferir se todos estão por perto. Sem contar os momentos de ciumeira, que algumas vezes geram as "tretas".

A principal curiosidade das pessoas, no entanto, é com relação ao fato de eles posarem todos tão bem para as fotos e vídeos. As pessoas me falam que mal conseguem fazer foto de um ou dois, imagina 11 quietinhos enfileirados. E, então, eu explico que é uma questão de costume, já que desde filhotes aprendem aos pouquinhos a função de um dog influencer.

Eles são muito parceiros entre si. Passam o dia brincando e fazendo bagunça, e eu, claro, sempre entro na onda.

Eles têm um quartinho/camarim repleto de acessórios, roupinhas e brinquedos. Quando chego em casa todos me recebem com os brinquedos na boca —cada um tem o seu preferido— demonstrando alegria e me chamando para brincar.

Eles são puro amor e alegria, minha dose diária de felicidade!

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