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Saiba por que vacinar o pet contra a raiva e veja perguntas e respostas

Cidade de São Paulo teve caso confirmado; cachorro foi contaminado por morcego

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São Paulo

O recente caso de raiva registrado em São Paulo reforça a importância de vacinar os animais contra a doença, que é fatal e pode ser transmitida a humanos.

Não há tratamento. A imunização é a única forma de manter a doença sob controle (leia entrevista abaixo).

Veterinária prepara dose de vacina contra a raiva para aplicar em cadela - Zanone Fraissat - 23.jul.15/Folhapress

Os imunizantes passam por rigorosos testes antes de serem aprovados e chegarem aos animais —nesse processo regulatório são usadas vacinas de referência. Recentemente, uma parceria do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) e o Mapa (Ministério da Agricultura) resultou na compra de 16 mil doses da VRN-raiva, vacina referência de raiva, que será referência por dez anos no Brasil.

"As doses adquiridas são utilizadas como balizador para a aprovação nos testes internos realizados pelas indústrias em cada lote fabricado de vacina antirrábica para uso em cães, gatos e herbívoros, assim como no teste oficial realizado pelo Mapa. Este duplo check atesta a qualidade dos lotes de vacinas antirrábica comercializados no país ou disponibilizados nas campanhas de vacinação de cães e gatos realizadas pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde estaduais", afirma Luís Monteiro, diretor-técnico do Sindan.

Segundo o CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária), o cachorro doente em São Paulo tinha sido resgatado na região do Butantã (zona sul) e levado a uma clínica, com suspeita de cinomose —o que também se confirmou depois. O diagnóstico de raiva foi atestado no fim de agosto, e a prefeitura foi informada em 1º de setembro.

O cão apresentava sinais neurológicos, como andar em círculos e convulsões, e agrediu pessoas, que foram atendidas e medicadas.

A raiva pode ser transmitida de animal doméstico para animal doméstico ou quando cães e gatos têm contato com morcegos. Nesse caso, o cachorro foi infectado por um morcego, mostraram exames.

Segundo o CRMV, na cidade de São Paulo, o último caso da variante canina foi registrado em 1983 —no estado foi em 1998. Já em 2011 havia sido registrado o último caso de raiva em animal doméstico na capital paulista, quando um gato foi contaminado pela variante de morcego. O conselho afirma que todos os anos há confirmações de casos esporádicos de morcego com raiva. No estado, o último caso humano de raiva pela variante canina foi registrado em 1997.

Em entrevista ao blog, Juliana Goldschmidt, gerente da área de pets da Boehringer Ingelheim, lembra que a vacina antirrábica é obrigatória para cães e gatos. Ela afirma que imunização é segura e que, em alguns casos, pode provocar reações leves, como inchaço no local da aplicação ou comportamento ligeiramente diferente.

Segundo Juliana, se um pet for atacado por outro animal ou se um humano for mordido por animal desconhecido, o médico deve ser procurado imediatamente para avaliar o risco de exposição e os procedimentos adequados.

Por que é importante vacinar o pet contra a raiva?
A vacinação de animais de estimação, como cães e gatos, contra a raiva é essencial para proteger não apenas os animais, mas também os seres humanos. A raiva é uma doença altamente contagiosa e letal que pode ser transmitida de animais para humanos. A vacinação dos pets é a única forma de proteção dos seres humanos pois reduz o risco de transmissão, prevenindo surtos da doença.

A vacina contra raiva é obrigatória no país?
A vacina antirrábica é obrigatória para cães e gatos, mas a disponibilidade da vacinação gratuita em centros de zoonoses pode variar e deve ser conferida com a prefeitura de cada cidade.

Além de cães e gatos, algum outro pet deve tomar a vacina antirrábica?
A raiva pode afetar uma variedade de mamíferos. Portanto, além de cães e gatos, outros animais de estimação, como furões, podem ser vacinados contra a raiva, dependendo da legislação local e das recomendações veterinárias.

Quando a vacina deve ser aplicada? Qual idade mínima?
A vacina antirrábica geralmente é administrada quando os animais são filhotes, em torno de 3 a 4 meses de idade, e a manutenção deve ser feita anualmente.

A vacina provoca reação ou traz riscos para o pet?
A vacina antirrábica é geralmente segura, mas, em alguns casos, os pets podem apresentar reações leves, como inchaço no local da aplicação ou comportamento ligeiramente diferente por um curto período. Reações graves são raras, mas podem ocorrer. É importante discutir quaisquer preocupações com um veterinário.

Quais os cuidados com o pet após a imunização?
Após a vacinação, é aconselhável manter o pet sob observação por um curto período de tempo para garantir que não haja reações graves. Além disso, evite atividades físicas intensas no dia da vacinação.

Por que o vírus da raiva é tão letal?
O vírus da raiva é letal devido à sua capacidade de atacar o sistema nervoso central, causando encefalite. Uma vez que os sintomas aparecem, a doença é quase sempre fatal, com uma taxa de mortalidade próxima de 100%.

Como se contrai a raiva e como prevenir?
A raiva é transmitida principalmente pela saliva de animais infectados, através de mordeduras, arranhaduras e lambeduras. A prevenção envolve a vacinação de animais de estimação, evitar contato com animais selvagens suspeitos e procurar tratamento médico imediatamente após qualquer exposição potencial ao vírus.

Quais sintomas da raiva em animais e em humanos? Qual tempo médio de incubação?
Nos animais, os sintomas podem incluir mudanças de comportamento, agressividade, salivação excessiva e paralisia. Nos seres humanos, os sintomas incluem febre, dor de cabeça, alucinações e paralisia. O tempo médio de encubação varia, mas os sintomas geralmente aparecem dentro de 1 a 3 meses após a exposição.

Como tratar?
Não existe tratamento eficaz para a raiva após o aparecimento dos sintomas. Portanto, a prevenção por meio da vacinação e cuidados pós-exposição é crucial.

O que o tutor deve fazer se seu pet for atacado ou mordido por outro animal?
Se o seu pet for mordido ou atacado por outro animal, é importante procurar imediatamente atendimento veterinário para avaliação e possível administração de tratamento pós-exposição.

O que uma pessoa deve fazer se for atacada ou mordida por um animal não vacinado ou desconhecido?
Se uma pessoa for mordida ou atacada por um animal não vacinado ou desconhecido, ela deve lavar imediatamente a ferida com água e sabão e procurar atendimento médico. O médico avaliará o risco de infecção por raiva e pode recomendar tratamento pós-exposição com a vacina antirrábica. A prevenção é fundamental, uma vez que a raiva é quase sempre fatal após o aparecimento dos sintomas.

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