Brasília Hoje

Bastidores, vídeos e análises de economia e política. De segunda a sexta-feira.

Brasília Hoje -
Descrição de chapéu Banco Central

Servidores do BC aceitam proposta do governo de reajuste, mas se dizem insatisfeitos

Funcionários da autoridade monetária aguardam assinatura do acordo para encerrar mobilização

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

Os servidores do Banco Central aceitaram nesta quarta-feira (24), em assembleia, a proposta do governo Lula (PT) de reajuste salarial e agora aguardam a assinatura do acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para declarar encerrada a mobilização que se arrasta desde o ano passado.

De acordo com a ANBCB (Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil), a proposta acordada prevê uma correção salarial média de 6,7% nos vencimentos a partir de janeiro de 2025 e de 10,9% em maio de 2026.

Também inclui a alteração da nomenclatura do cargo de "analista" para "auditor" –pleito histórico do corpo funcional do BC. Haverá ainda um alongamento na carreira de 13 para 20 níveis.

Servidores do Banco Central protestam em frente à sede da instituição, em Brasília - Pedro Ladeira - 1º.nov.2023/Folhapress

Apesar de terem concordado com a oferta final do governo, os funcionários falam em "sentimento de frustração" e consideram que a proposta aceita é "insuficiente". Segundo eles, ela amplia assimetrias internas e com relação a outras carreiras do funcionalismo público.

"O corpo funcional entendeu que a recomposição oferecida pelo MGI foi o possível para o momento, mas avalia que não houve, desde o início da mesa específica, negociação real", disse a ANBCB em nota.

"Com a afirmação do MGI de que a mesa [de negociação] será encerrada sem qualquer reajuste se os servidores não aceitarem a oferta do MGI como está, e sob o risco de sair do momento atual com uma assimetria ainda maior, os servidores do Banco Central se viram obrigados a aceitar a proposta", acrescentou.

Os funcionários do BC estão desde julho de 2023 em operação-padrão —modelo de trabalho que gera lentidão na prestação de serviços, atraso em divulgações rotineiras e paralisações parciais diárias. Eles pediam aumento, criação de um bônus de produtividade e medidas de reestruturação de carreira.

Como mostrou a Folha, o BC perdeu 20,1% de sua força de trabalho em uma década, com um saldo negativo de 821 servidores entre entradas e saídas de 2014 até março.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.