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Corte Interamericana de Direitos Humanos vê avanço no combate à crise Yanomami mas fará nova visita a território

Presidente da corte disse que resposta do governo girou "180 graus" em relação a outubro passado

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Brasília

A presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, juíza Nancy Hernández, disse nesta quinta-feira (23) que houve "avanço significativo" nas ações do governo federal em resposta à crise humanitária dos indígenas Yanomami, em Roraima.

A situação que levou à morte de 363 indígenas no primeiro ano do governo Lula levou a uma resposta mais enfática do governo neste ano. Uma delegação da corte foi ao Palácio do Planalto, nesta quinta, se reunir com Lula (PT) e com técnicos da Casa Civil para discutir as ações emergenciais.

Criança yanomami com desnutrição grave internada no Polo Base de Surucucu, na Terra Indigena Yanomami, em Roraima. - Lalo de Almeida-18.1.2024/Folhapress

"Estive na região em outubro do ano passado e, de outubro do ano passado e agora, temos avanços significativos e substanciais na abordagem e na problemática Yanomami. A reunião que acabamos de ter é um giro completo de 180 graus da situação, onde se vê políticas articuladas, planos de trabalho, resultados já em terreno. Um abordagem, digamos, estrutural, contínua e sustentável do Estado brasileiro, o que nos dá uma grande satisfação", disse a juíza a jornalistas no Planalto, após o dia de reuniões.

"Agora, também nos cabe ouvir as outras partes, os representantes do povo Yanomarmi e dos outros povos indígenas também, para corroborar as informações, impressões, e vamos seguir dando seguimento a essas medidas provisionais abertas", continuou.

A juíza Hernández afirmou que, no final do ano, o grupo fará uma nova viagem à região. A primeira, em que foi constatada a crítica situação dos Yanomami, foi feita em outubro do ano passado.

Ela disse ainda que este é um tema que Lula trata "com muita paixão". Questionada, se é suficiente o trabalho do governo, ela destacou os compromissos do governo como positivos, mas disse ainda que este mesmo governo "reconhece que ainda falta fazer muitas ações e seguir com o programa de trabalho que tem para ver resultados mais tangíveis".

O grupo partirá para Manaus (AM), onde vai encontrar com representantes de 600 entidades da sociedade civil.

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