Imagens que se somam aos participantes de montagens diversas.
Ensaios pelo telefone celular:
- "Tudo a fazer. Cacilda"!
‘Terra em Trânsito’
Atriz Fabi Gugli
Palco. Casa dos espelhos.
Louros e luzes de camarim.
Prenúncios do aluvião de ideias que estão por vir:
- "Uma loucura, outro nível".
Acessibilidade
Imagem para dar conta do universo de multiplicidades criado no ambiente de um camarim. Pontos reflexivos, molduras ovais e pontos de iluminação. Pequenos abajures dispostos em meio a cabides e trajes em diferentes tonalidades pendurados. Boás de flores de pano, coroas de loros, metáforas e poesias. No centro da imagem a bancada com pincel de maquiagem. Farelos de biscoitos dão conta que 0 espaço está ocupado.
A atriz entra em cena com um cisne cenográfico. Equaliza o quadro mesclando a crueldade da narrativa com a suavidade de sua cútis. As cores, benfazejas em espectro e nuances, aparecem aprisionadas num pote de balas. Depois no figurino com estampas miúdas. Usa o cabelo preso. Tons dourados tomam conta do penteado e do ambiente cuidadosamente construído.
‘Terra em Trânsito’
Composições do Gerald:
- "Está estabelecido o conflito".
Vozes do Ney.
Acessibilidade
Mãos femininas seguram celular com a tela voltada para a lente. Em quadro o ator Ney Latorraca com camisa social e óculos escuros aparece em close divertido. Alto astral.
‘Tormento’
Jogos. Cansaços. Febres:
- "A porta está trancada, cadê você?
- "Traz um copo de água"?
- "E agora? O que vai acontecer"?
Edição frenética das imagens. Desnudamentos.
Entre doze paredes.
Fim da jogatina.
Silêncios.
Tormentos.
Acessibilidade
Imagem que reúne três telas diferentes em espaços remotos. À esquerda mulher com ares joviais mostra os dentes e a boca pintada. Usa armação de óculos Robusta, escura e com reflexos que embaçam as duas lentes. No centro imagem de homem vestido de terno e camisa social em contraste com o tom escuro do traje. Cabelos espetados e colarinho fechado por gravata estreita. Divide o quadro com televisão desligada fixada na parede. Pende para frente. Por último à esquerda imagem de mulher maquiada com esmero. Detalhe nos olhos delineados com grosso acabamento de delineador. Pele esfumaçada por produto mais clara do que o tom natural de sua pele. Usa alças finas. Segura o rosto e uma toalha na mão direita. Sorri com discrição e muito batom encarnado.
‘Trevas ao meia dia’
As câmeras vagueiam pelos pátios internos, anexos. Perpassam o auditório, encontram a caveira, o piano de cauda. Embaralham as dependências da Biblioteca Mário de Andrade.
Trevas ao meio dia, nos dizeres da trupe de teatro:
– "Guerra"!
Gritos.
Acessibilidade
Imagem que sobrepõe mesa vazia com cadeiras ao seu redor. Rosto de mulher com penteado discreto. Onde alguns cachos escorrem pela testa. Em destaque jogo de brincos e colar. Escuros com alguns brincos compõe quadro onde se encontram a fotogenia da diretora de teatro e a sala vazia da biblioteca Mário de Andrade locação desse ensaio fotográfico.
‘Uma noite sem o aspirador de pó’
Noites de Iguana. Bichos de estimação.
Sinusites e enxaquecas. Cidade seca.
Sorrisos esmaecidos, digitais:
- "Naquela época eu já colecionava os retratos três por quatro".
A falta da família e o excesso de perfis virtuais.
Parentes industrializados. Ultra processados.
Os atores e suas veias saltadas:
- "...pelos cantos da casa eu treinava a velhice".
Aflições compartilhadas. Lances verticalizados.
Planetas em oposição. Círculo palco protesto.
Desjeitos em tempos de quarentena.
Tudo no alto…pendurado.
Papagaio.
Acessibilidade
Imagem com dois atores de uma mesma montagem de teatro. Texto que junta dois vizinhos, que nessa fotografia contracenam ao mesmo tempo que não se comunicam. Aparecem um de costas para o outro. A mulher de cabelos curtos, à esquerda leva às mãos em direção aos ouvidos, mãos em concha. Anel no dedo anular da mão esquerda. Golas estampadas de um vestido de mangas cavadas.
Ele aparece à direita com camisa xadrez, cabelos compridos. Barba também comprida em tom mais claro do que as madeixas. Óculos de armação leve deixa o par de lentes em destaque. Expressão de seriedade articula os lábios. Poucos dentes à mostra parece estar no meio da fala. Ela parece falar ao mesmo tempo que ele.
‘Uma peça para salvar o mundo’
Vídeos e áudios ativados.
Espaços abertos para a poesia, o canto e tudo mais.
A arte digital (re)existe. Gestos de generosidade e conexão.
Artistas dispostos a salvar o planeta
Emocionados e virtualmente de mãos dadas.
- "É preciso sair amando todo mundo"!
O som do universo. A máquina em cartaz.
Espaço aberto para a reflexão e denúncia.
Acessibilidade
Máscara criada por computação gráfica reproduz expressão humana. Esboça sentimento. Parece cantar ou falar alto. Cenho franzido e nariz perfilado. Mistura tons metálicos. Clima futurista.
‘Vozes do Silêncio - Filme não Filme’
A fala contundente, o olhar aquilino e a agilidade física.
Atributos da atriz dançarina:
-"Essas vozes não são de uma única mulher. São vozes de todas as mulheres. Eu trago também a minha voz. Eu entro nesse trabalho com meu corpo, com a memória dele. E eu também tenho memórias do que eu vivi, do que eu vi, escutei ou sinto, presencio e percebo. E essa memória do corpo vaza para a cena. A palavra é do Samuel Beckett, mas o corpo é meu e tudo que está impresso nele vaza para a cena".
Sugere boas energias para 2022.
Acessibilidade
Dois retratos em tons esmaecidos. À esquerda máscara carnavalesca com as feições do dramaturgo Samuel Beckett. À direita atriz aparece sentada em cadeira de espaldar alto e apoio lateral para o braço direito. Está de perfil. Dá as costas para seu interlocutor.
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