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Valéria França
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Valeria França

Marcha da maconha homenageia vítimas da guerra às drogas

Movimento lembra que encarceramento em massa não resolveu o tráfico de drogas

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Acontece neste sábado (11), a Marcha da Maconha em São Paulo. Trata-se de uma manifestação favorável às mudanças nas leis em favor da legalização da Cannabis, regulamentação do comércio e uso recreativo e medicinal.

A passeata está marcada para sair do vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista, às 14h20. Depois, segue em direção a Rua da Consolação, onde está planejada homenagem às vidas interrompidas pela guerra às drogas e aos mortos da Covid.

Militantes pela descriminalização da Maconha participam da Marcha da Maconha, na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF, em 2019: o movimento é mundial. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER) - Folhapress

Os manifestantes planejam vão acender as luzes da lanterna dos celulares, além se fazer um minuto de silêncio, quando chegarem na frente do Cemitério da Consolação. A convocação partiu da Cultive, associação de pacientes fundada pela paulistana Maria Aparecida Carvalho, mais conhecida como Cidinha, mãe de Clarian, menina que sofria de síndrome rara e foi salva pelas gotas do óleo da Cannabis medicinal.

A marcha da Maconha envolve diversas entidades, como a Plataforma Brasileira de Política Sobre Drogas a Coordenação Nacional de Entidades Negras e Movimento Antiproibicionista, entre outras, além de médicos, sociólogos, ativistas, pacientes e familiares. Essa passeata, em especial, levanta chama atenção para dois assuntos sociais de extrema importância: encarceramento em massa e a emissão de liminares judiciais para o cultivo doméstico.

O encarceramento pela posse de drogas parece anacrônica em um país que já movimenta R$ 130 milhões com o comércio da Cannabis medicinal. De 2006, ano que a Lei de Drogas entrou em vigor, até julho de 2020, a população presa por drogas pulou de 31.529 para 207.487, de acordo o Infopen. Apesar de tantas prisões, não houve redução no tráfico. De cada 10 mulheres encarceradas, seis estão lá por causa das drogas, e a grande maioria depois de libertada não consegue ser reintroduzida na sociedade.

Em um outro extremo, pacientes que precisam da Cannabis para cuidar da saúde recorrem à Justiça por não possuírem condições financeiras para comprar o óleo medicinal. Eles entram com ações para adquirirem o direito de plantar para produzirem o próprio remédio. Atualmente, estima-se cerca de 600 Habeas Corpus já emitidos no país para o plantio doméstico e medicinal.

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