Cozinha Bruta

Comida de verdade, receitas e papo sobre gastronomia com humor (bom e mau)

Descrição de chapéu Dia dos Namorados

9 roubadas épicas do jantar de Dia dos Namorados

Perrengues e cafonices são tradicionais no rolê do 12 de junho, mas sempre dá para ficar um pouco pior

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São Paulo

Mais um ano, mais um Dia dos Namorados, mais uma lista cheia de azedume e rancor. Acontece.

Difícil é argumentar contra a inevitabilidade da furada quando se vai jantar fora no 12 de junho. É sempre ruim, mas não há nada tão ruim que não possa piorar um pouco mais.

Então segue a lista. Que viva o amor!

Espumante, morangos e chantili num quarto de motel
Espumante, morangos e chantili num quarto de motel, três clichês do Dia dos Namorados - Divulgação

1. O solteiro desavisado

É raro, mas acontece muito. A pessoa não se dá conta de que é Dia dos Namorados e marca jantar com um grupo de amigos, igualmente tchongos. Vão de restaurante em restaurante, levando porta na cara em todos eles. Quando finalmente conseguem sentar, já é quase madrugada e pegam a xepa da cozinha e do atendimento.

2. A bebida de cortesia

É uma das promoções mais frequentes na data, porque das duas uma:

Ou o restaurante vai desovar um espumante encalhado, já próximo do vencimento e mal armazenado ou;

Põem alguém para fazer um coquetel com ingredientes baratos e aromas florais, sempre adocicado, para homenagear o amor ou coisa que o valha.

3. A comida afrodisíaca

Esse é um dos grandes caôs da gastronomia. Não existe comida afrodisíaca. Inventaram esse termo para faturar, cai quem quer. Geralmente a comida vem acompanhada de um salamaleque místico que dá vergonha alheia –alheia quando não é você a participar da presepada.

4. A sobremesa romântica

Morangos, pétalas de rosa e tortas em forma de coração. Até quando?

5. O date com desconhecidos

Esta é razoavelmente recente. Quando chega junho, os aplicativos de encontro botam pilha na galera que não aguenta mais estar encalhada. Fazem essa gente pensar que é o horror último passar o Dia dos Namorados em casa, de pijama.

Aí uma horda de carentes desesperados faz de tudo para encontrar alguém até o 12 de junho.

Não caiam nessa conversa. Primeiro encontro em restaurante bem no Dia dos Namorados é a receita pronta de uma noite-pesadelo.

O ano tem outros 364 dias, todos perfeitamente bons para desencalhar.

6. Aquele rodízio baratinho

Você passa de carro na marginal Tietê e vê a faixa na churrascaria: "rodízio para casal no jantar, R$ 99". Aí pensa: "por que não".

Porque o preço é baixo justamente porque a maioria das pessoas entende que se entupir de carne é a antítese da ideia de um jantar romântico.

O lado bom é que vai estar vazio.

7. Aquele restaurante que você sonhava conhecer

Não se empolgue demais com a data, ao ponto de investir pesado num programa que, em tese, vai tornar a noite inesquecível.

Inesquecível vai ser, mas provavelmente não pelos motivos que você imaginou.

Restaurantes trabalham sobrecarregados no 12 de junho. Contratam extras com pouca ou nenhuma ideia do funcionamento da casa. As chances de o bonde descarrilar se multiplicam.

Não jogue seu dinheiro fora. Escolha outra data para esse jantar especial.

8. O motel depois do jantar

Só há uma coisa pior do que fila de restaurante no Dia dos Namorados: a fila no motel no Dia dos Namorados. Duas filas na mesma noite acabam com qualquer tesão. Mas ainda pode piorar.

9. O jantar no motel

"Ah, mas então que seja só a fila do motel." Tenha em mente que essa busca por um cafofo, que às vezes dura a noite inteira, pode ser infrutífera. No final, você vai dormir no zero a zero e morrendo de fome.

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