Cozinha Bruta

Comida de verdade, receitas e papo sobre gastronomia com humor (bom e mau)

Descrição de chapéu alimentação

Você não precisa escolher entre pizza e hambúrguer

Testes das redes sociais reduzem tudo, até as preferências alimentares, à primitiva lógica binária da computação

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São Paulo

"Existem dois tipos de pessoa..."

Quando esta frase aparece num story do Instagram, lá vem um teste cretino para que você mostre ao mundo a que grupo pertence.

Pizza e hambúrguer
Pizza de hambúrguer - Idobrincu/Pixabay

Cerveja ou vinho?

Doce ou salgado?

Chá ou café?

Café da manhã ou jantar?

As pessoas vão lá e respondem, sem se ligar na perversidade por trás dessa brincadeirinha tonta.

Você pode perfeitamente gostar tanto do jantar quanto do café da manhã –é melhor que seja assim, por sinal, e almoçar também é recomendável.

O mundo não quer saber se você gosta do feijão por cima ou por baixo do arroz.

O fato de começar a comer a coxinha pela ponta ou pela base não diz coisa nenhuma sobre o caráter de ninguém.

É possível gostar de pastel e de pão de queijo, de churrasco e de sushi, de pizza e de hambúrguer.

Não existe o antagonismo entre a torcida da paçoca e o fã-clube do pudim. Mas é assim que funciona nas redes sociais.

Lá, tudo precisa ser decantado até se tornar uma escolha binária. As redes podem parecer algo sofisticado demais, mas no fim das contas é linguagem computacional: se não é zero, é um.

Não existem só dois tipos de pessoas.

A vida não é uma sucessão de escolhas entre isto ou aquilo. Ou, pelo menos, não deveria ser.

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