Nos anos de 2020 e 2021, aplicações referenciadas ao CDI e à taxa Selic, renderam apenas 2,8% e 4,4% ao ano, respectivamente. Com isso, aplicações referenciadas ao CDI, foram desprezadas nestes dois anos. No entanto, este cenário mudou de forma rápida e o CDI volta a ser uma opção interessante para fazer parte de seu portfólio
O cenário de baixo retorno das aplicações referenciadas ao CDI começou a mudar de forma mais intensa no segundo semestre do ano passado e deve continuar até o início do segundo semestre deste ano.
Segundo a estimativa implícita nos contratos de juros futuros negociados na B3, o Comitê de Política Monetária (COPOM) deve elevar a Selic pelo menos mais uma vez para 13,25% ao ano na reunião do dia 17 de junho.
Na curva de juros, o mercado ainda espera outro aumento na reunião de 04 de agosto, quando a taxa Selic atingiria 13,5% ao ano.
Este nível de juros é quase o dobro do esperado há um ano. Segundo levantamento da Bloomberg, as curvas de juros de 28/05/2021 indicavam que a taxa Selic estaria agora em 7,5% ao ano.
A surpresa que mudou a visão do mercado e do COPOM veio da inflação mais persistente que o esperado.
Com esta taxa Selic mais elevada, aplicações em CDBs de bancos médios e fundos de crédito privado que rendem entre 110% e 120% do CDI se tornam uma excelente alternativa de aplicação.
A partir de agosto quando a taxa Selic atingir 13,5% ao ano, estas aplicações que rendem 110% a 120% do CDI devem passar a render entre 14,85% e 16,2% ao ano.
Considerando a expectativa de queda da Selic, estimada pelo mercado, a partir do início de 2023, a taxa Selic acumulada pelos próximos 12 meses ainda deve ser superior a 13% ao ano.
Portanto, para prazos de investimento de até um ano, estas aplicações com rendimentos entre 110% e 120% do CDI passam a ser uma das melhores alternativas. Elas podem até ganhar de aplicações prefixadas e referenciadas ao IPCA, disponíveis atualmente no mercado.
Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor
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