No próximo dia 23 de julho, um domingo, será realizado em pelo menos 300 unidades de conservação de todo o país o evento "Um Dia no Parque", idealizado pela Rede Pró UC, criado em 2018 como forma de valorizar as unidades por meio da visitação e de atividades que visam integrar as comunidades a esses espaços.
Neste ano, o tema do evento será "É hora de cuidar do nosso lar", que orienta ao cuidado, ao voluntariado, ao turismo sustentável e aos benefícios do contato com a natureza, em seus diversos biomas, para a saúde física e mental.
"Conhecer uma Unidade de Conservação, como parques, reservas, refúgios, é uma experiência que se leva para a vida toda", diz a bióloga Angela Kuczach, 43, diretora executiva da Rede Pró UC e coordenadora do projeto. "A sensação que se tem é de forças renovadas, e ela permanece por muito tempo", acrescenta.
Entre as atividades mais oferecidas pelas unidades já inscritas (a lista completa pode ser conferida no Instagram da ação, @umdianoparqueoficial ou no site do projeto), estão trilhas, caminhadas, observação de aves e ciclismo. Mas também podem ser encontrados locais onde se pode ver o nascer ou o pôr do sol, tomar banho de cachoeiras, praticantes de slackline, rapel, palestras de educação ambiental, filmes, mergulho, mutirão de limpeza, entre outras programações.
Se no ano passado, o projeto levou mais de 100 mil pessoas de todas as idades a diferentes unidades, a tendência é que, à medida que as ações são divulgadas, mais visitantes procurem os locais mais próximos. E com um detalhe: se na UC mais próxima não houver nenhuma atividade prevista, o visitante pode criar sua própria ação, e publicar a foto com a hasthag #UmDiaNoParque2023.
O Um Dia No Parque é financiado internamente pelas instituições da Coalizão Pró UCs, formada pela Rede Pró UC; WWF-Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Semeia, Fundação Grupo Boticário, Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), TNC Brasil, Imaflora e Conservação Internacional.
Essa união de forças permite cobrir biomas tão diferentes como o cerrado, a mata atlântica e a amazônia. "É um dia de festa", define Marina Kluppel, coordenadora geral de Uso Público e Serviços Ambientais do ICMBio (Instituto Chico Mendes). "O projeto não só tem nosso apoio, como é nosso convidado, porque contribui para que a sociedade perceba a relevância de nossas unidades para a conservação da natureza e a qualidade de vida de todos", afirma.
"O objetivo é mostrar a importância das UCs, para que as pessoas conheçam, se apropriem e protejam essas áreas que, mesmo próximas, nem sempre são reconhecidas", acrescenta Mariana Napolitano, gerente de Conservação do WWF-Brasil (World Wide Fund for Nature).
Com elas concorda Mariana Haddad, coordenadora de Projetos do Instituto Semeia, ponderando que "ainda observamos uma série de desafios para fortalecer a visitação nos parques, então, mostrar para as pessoas que esses espaços existem e podem e devem ser frequentados e protegidos por elas é um primeiro passo para que sejam lugares mais convidativos para todas as pessoas".
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