Nesta terça-feira (7) a revista Time divulgou o resultado de uma votação feita em seu site sobre quem seria a pessoa mais influente do ano, para o bem ou para o mal. Com 24% dos votos dos leitores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou a pesquisa. A etapa é preliminar à divulgação da capa oficial, que é escolhida pelos editores da revista e será divulgada na segunda-feira (13). A Folha contou que o destaque de Bolsonaro se deu graças a um mutirão feito por sua base para elegê-lo na enquete.
A Time enfatizou a desaprovação popular ao governo brasileiro e seu manejo econômico, e os posicionamentos de Bolsonaro contrários às medidas de enfrentamento da Covid-19 e o ceticismo diante da vacinação.
Bolsonaro comemorou no Twitter. "Esperamos que Revista TIME nos conceda, de fato, o título respeitando o resultado das eleições. Nossos cumprimentos a Donald Trump pelo segundo lugar."
Comparações com o ex-presidente dos EUA, que tem grande influência sobre o brasileiro, se destacaram entre as publicações nas redes.
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal e filho do presidente do Brasil, defende que a projeção de seu pai se deve à sua honestidade. Apoiadores do governo endossam a tese, utilizando ataques à oposição, ao STF (Supremo Tribunal Federal), e à mídia como principais estratégias.
Incoerência
Críticos ao presidente, no entanto, apontam incoerência e questionam comemorações de Rodrigo Constantino e da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Eles haviam se posicionado contra capas oficiais em ocasiões anteriores.
Antes
Depois
Muitos criticaram a base bolsonarista pela comemoração. Usam como argumento comparações do presidente a outras personalidades que já ilustraram a escolha da revista. Entre elas, Adolf Hitler.
Houve quem comparasse a votação a uma enquete do Twitter e reduzisse a atuação de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia.
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