Nesta semana, viralizou nas redes sociais um post do Instagram da terapeuta Evy que afirma: "seu ex mora no seu útero". Segundo a mensagem, o útero teria a capacidade de guardar memória de "tudo que já vivemos no amor e na cama, além do nosso histórico familiar".
A publicação gerou discussão sobre o "moralismo místico", uma forma de estabelecer limites para a vida sexual e a busca por prazer que se parecem bastante com ideias conservadoras, como a culpa cristã.
Mensagens como "seu corpo é um templo", "cuidado com quem você troca energias" e, a mais recente, "seu ex mora no seu útero" parecem ter o objetivo de passar a mensagem de que a vida sexual de pessoas que têm útero (e foram designadas como mulheres no nascimento) não deve ser muito ativa para não "atrair energias negativas".
Deve-se ter um número de parceiros sexuais limitados e guardar seu corpo como se fosse sagrado. Já ouviu este discurso em outro lugar?
É claro que toda pessoa —com útero ou sem— tem o direito de ter relações sexuais da forma como bem entender e com qualquer outra pessoa, com consentimento, sempre. O assunto gerou memes e discussões interessantes. Veja seleção:
O contrário também vale?
São dúvidas:
Oportunidade de negócios.
Só vantagens.
É importante ressaltar que o processo de menstruação também serve como limpeza do útero, uma vez que as paredes do útero se descolam todos os meses em que não há fertilização. A única possibilidade de ter alguém morando dentro do seu útero é durante a gravidez. Nesse caso, realmente, há um embrião morando ali.
Com proteção e consentimento, não há energia ruim.
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