#Hashtag

Mídias sociais e a vida em rede

#Hashtag - Interação
Interação

'Não há lugar seguro', dizem mulheres após caso de estupro em hospital no Rio

Episódio gera onda de críticas à violência de gênero nas redes; médico ganha seguidores no Instagram

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A revelação do caso do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante nesta segunda (11) pelo estupro de uma paciente que estava dopada, gerou uma onda de indignação entre mulheres nas redes sociais.

O médico foi preso depois que funcionários de um hospital de São João de Meriti, município na Baixada Fluminense, no Rio, filmaram o anestesista colocando o pênis na boca da paciente durante uma cirurgia.

Após a divulgação do caso, uma segunda mulher se apresentou à polícia declarando também ter sido vítima de estupro pelo médico cinco dias antes.

Com a repercussão, Bezerra ganhou seguidores em seu perfil no Instagram, onde costumava postar fotos de sua rotina. A conta se tornou privada nesta segunda (11).

O anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estupro - Reprodução/Facebook

Para internautas, o caso demonstra a existência de uma cultura do estupro no país e expõe a realidade de violência a que estão submetidas as mulheres. "Não há lugar seguro para nós. A cultura do estupro nos mostra que não são nossas roupas, horário e onde estamos, mas sim porque somos mulheres", escreveu o perfil da pré-candidata a deputada federal Carol Dartora (PT).

Outros posts enfatizam como as violências podem ocorrer a todo em em todo lugar. "Num movimento estudantil, num centro acadêmico, num sindicato. Parem de fingir que não sabem disso", tuitou um perfil.

"Estupro nunca foi sobre sexo ou prazer. Estupro é violência, é poder sobre o corpo do outro, não importa nossa roupa, a hora do dia, não importa nada", publicou outra conta.

Para algumas, o episódio escancara como "ser mulher" é estar sujeita a violências até quando está parindo. "Quando e onde a mulher tem segurança nesse país?". Outras contam já ter sentido medo do ambiente cirúrgico.

Há também publicações que indagam como colegas de trabalho do médico teriam ficado sabendo só agora de sua conduta. "Giovanni Quintella Bezerra é um anestesista que estuprava mulheres enquanto elas estavam fazendo cesária, na mesa de cirurgia, na frente de outras pessoas. A violência contra mulheres é uma endemia nesse país", escreveu um perfil.

Algumas postagens também criticam a postura defensiva de homens na internet e o aumento de seguidores no Instagram do acusado. Até esta publicação, ele já soma mais de dez mil seguidores na rede. Sua conta se tornou privada.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.