A apuração parcial das eleições parlamentares que aconteceram na Itália neste domingo (25) sugere que a candidata Giorgia Meloni, da sigla Irmãos da Itália, seja a provável indicação de sua coligação ao cargo de primeira-ministra do país. Meloni seria a primeira mulher a liderar o país, além de representar a volta da extrema direita ao poder italiano desde a Segunda Guerra.

Meloni, que já disse em vídeo em 1996 que o fascista Benito Mussolini foi um bom político, tem um discurso conservador. O lema "Deus, pátria e a família" endossado por ela gera identificação com grupos de ideias similares em outros países, que agora comemoram seu avanço.

Entre os apoiadores, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no Brasil, foi um dos primeiros a parabenizá-la após a apuração. O deputado ainda destacou a similaridade discursiva entre Meloni e seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), e criticou a imprensa brasileira.

Agora bolsonaristas celebram Giorgia nas redes sociais e perfis a chamam de ''Bolsonara italiana". Em vídeo compartilhado por um perfil brasileiro, Meloni também se diz a favor do que chama de "família natural" e a "identidade sexual"’, e contrária ao "lobby LGBT" e a "ideologia de gênero", entre outros posicionamentos tradicionais.

Outro perfil ainda sugere que Bolsonaro seja o farol da direita no mundo, finalizando tuíte com a hashtag "Bolsonaro no primeiro turno 22".

Em contrapartida, outros tuiteiros tecem críticas à candidata, apontam características fascistas do lema usado pelo governo Bolsonaro, pela italiana e a coligação à qual pertence.