A revolta e os memes tomaram conta do Twitter nesta quarta (8) com a chegada do Twitter Blue, novo serviço de assinatura oferecido pela plataforma, após mais uma mudança implantada pela errática gestão de Elon Musk à frente da rede social.
O pacote dá acesso ao usuário a recursos como o selo azul de conta verificada, redução pela metade nas propagandas na timeline e o uso antecipado de novidades. Se assinado pelo computador, o serviço custa a partir de R$ 42 por mês. Nos aplicativos de celular, o Twitter Blue, sai por R$ 60 mensais.
O problema, na percepção dos usuários, é que as mudanças tornam "um inferno" a vida de quem usa a plataforma gratuitamente, ao passo que concede aos pagantes vantagens antes pressupostas no uso da rede, como não ter limitação no número de postagens diárias. Em resumo, para continuar a usar o Twitter como sempre foi usado, é necessário pagar.
Além disso, a assinatura também libera o uso de 4 mil caracteres nos tuítes, limite que continua em 280 para quem não comprar o serviço. A possiblidade de se criar "textões" foi uma das principais queixas dos internautas. "Gente, se eu quiser ler livro vou na biblioteca", escreveu um usuário. "Imagina ter o que escrever em 4 mil caracteres", comentou outra pessoa.
Com mais de 216 mil menções em tuítes, o assunto "Twitter Blue" ficou no top 10 de tópicos mais comentados na rede. Assim como o nome de Elon Musk, que apareceu em mais de 121 mil publicações. Usuários acusam o empresário, que assumiu o controle da empresa em outubro, de descaracterizar a plataforma, apontando uma estratégia de "criar dificuldades para vender facilidades", que tornaria a rede "usável" apenas para quem paga pelo Twitter Blue.
Além das mudanças do novo serviço de assinatura, alterações na forma como o conteúdo da rede social é exibido têm confundido os tuiteiros.
Em uma rede já famosa por ser um lugar hostil, para muitos parece temerário que usuários que paguem tenham a possibilidade de lucrar através de engajamento em suas postagens.
O preço do Twitter Blue foi comparado ao do serviço de streaming da Netflix, que hoje sai por R$ 39,90 mensais (sem anúncios).
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