O golpe militar de 1964 completa 59 anos nesta sexta-feira, 31 de março. Nas redes sociais internautas repudiaram a data com a célebre frase do então deputado federal Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição de 1988: "Temos ódio à ditadura, ódio e nojo" e pedem "Ditadura nunca mais". Os termos ficaram entre os assuntos mais comentados no Twitter, assim como a data "31 de março".
"Que jamais se repita. Que canalhas parem de dizer que foi Movimento ou que deixou um legado para o país. Temos muito asco, ódio e nojo da ditadura. E os golpistas não esqueçam: só podem falar hoje porque milhares foram mortos e torturados", escreveu um perfil no Twitter.
Outras publicações homenageiam a memória dos mortos, perseguidos e torturados durante o período ditatorial, junto a fotos de figuras como a ex-presidente Dilma Rousseff, torturada pelos militares. De acordo com o relatório publicado pela CNV (Comissão Nacional da Verdade), que investiga as violações aos Direitos Humanos durante o período, mais de 434 pessoas foram mortas e desaparecidas durante o regime.
Também nesta sexta, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que as Forças Armadas irão punir oficiais que comemorarem o aniversário do golpe militar ou participarem de eventos organizados por militares da reserva. A principal preocupação está com os movimentos previstos entre reservistas no Rio de Janeiro.
Em menor volume, opositores do atual governo usaram a data para celebrar o golpe que instituiu a ditadura e matou centenas. Alguns referem-se à data como "o dia em que as Forças Armadas eliminaram a chance do Brasil virar Cuba", e criticam a esquerda brasileira.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.