Uma empresa privada de soluções de segurança anunciou uma parceria com a cidade de Cullman, no Alabama (EUA). O sistema consiste em duas paredes de quadro branco que, arrastadas, servem como escudo contra tiroteios e eventos climáticos extremos, como chuvas e terremotos.

No panfleto, a empresa KT Security Solutions diz que a unidade de segurança também pode ser utilizada para reuniões de pequenos grupos e como uma espécie de "quarto do pânico", para aliviar desconfortos sensoriais.

De acordo com um levantamento da Education Week, apenas em 2023 foram registrados 9 tiroteios em escolas americanas que resultaram em ferimentos ou morte. Foram 153 ataques desde 2018, 51 destes ocorreram em 2022.

O vídeo da montagem do sistema de segurança na West Elementary School foi compartilhado pela jornalista Gillian Brooks no Twitter e causou comoção. O tuíte original conta com mais de 8 mil comentários até a redação deste texto.

"Há uma indústria multimilionária que depende de que os tiroteios em escolas continuem acontecendo"

"Tudo para proteger as armas, quer dizer, as crianças".

"Cada um desses custa 60 mil dólares. A escola dos meus filhos não tem dinheiro para limpar os banheiros com regularidade ou contratar ajudantes para professores, enfermeiras ou conselheiros, muito menos para comprar um Tesla para todas as salas de aula."

"Se precisamos trancar nossas crianças atrás de portas à prova de balas, então esse não é um país livre"

"Eu me pergunto o que será que todos os outros países avançados fazem para prevenir que crianças levem tiros, porque provavelmente nós deveríamos fazer o mesmo, em vez de fazer isto".

"Alabama está desenvolvendo quartos de segurança nas escolas ao mesmo tempo em que bane livros. A ideia parece ser que as crianças podem sobreviver a tiroteios na escola, mas não à leitura de 'O Olho Mais Azul' ou 'Admirável Mundo Novo'."

Portais brasileiros replicaram o vídeo e geraram uma onda de indignação.

O careca mal sabia o que o futuro guardava.

E se?

Disfarce.

"Um não-país".