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No blog, as mães Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti abordam as descobertas do início da maternidade

Maternar - Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti
Havolene Valinhos e Tatiana Cavalcanti

Sessão especial em cinema exibe 'Kung Fu Panda 4' para crianças com deficiência visual

Aplicativo permitiu que os usuários acessassem descrições de áudio e legenda diretamente de seus celulares

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São Paulo

Paulo Daniel da Silva Vitor, 8, tem baixa visão e, pela primeira vez, nesta sexta-feira (26), foi a uma sessão de cinema, com direito a pipoca e bebida. "Gostei muito do filme, me diverti com meus amigos e irmãos."

O garoto é uma das 40 crianças com deficiência visual que assistiram ao filme 'Kung Fu Panda 4' com audiodescrição, graças ao uso do aplicativo Mobi LOAD, que permite que os usuários acessem descrições de áudio e legenda diretamente de seus celulares.

Todas as crianças que participaram da sessão de cinema são assistidas pela Laramara, Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, e pela Fundação Dorina Nowill para cegos.

Paulo Daniel Vitor com os irmãos Matheus e Maria Clara
Paulo Daniel Vitor, 8, com os irmãos Matheus, 15, e Maria Clara, 20 - Arquivo pessoal

A mãe de Paulo Daniel, a autônoma Paula Cristina Santos Vitor, 36, conta que ele não consegue assistir muito nem à TV, uma vez que o garoto precisa forçar a visão. "Como ele precisa ficar 'grudado' na tela o máximo que acompanha é de cinco a dez minutos de algum programa ou seriado porque os olhos começam a doer. Então a experiência de hoje foi muito importante."

A primeira vez de Paulo Daniel no cinema foi acompanhada por dois de seus irmãos: Maria Clara Vitor, 20, e Matheus Pierre Vitor, 15. "Tenho quatro filhos, mas apenas o Paulo tem baixa visão. Os irmãos sempre que possível participam dos eventos com ele", explica a mãe.

"Foi uma experiência incrível. O Daniel nunca tinha ido ao cinema e ficou perguntando várias coisas, olhando todos os cartazes dos filmes, as luzes. Agora, com esse aplicativo poderemos saber onde outros locais terão filmes acessíveis e próximos de casa para levá-lo mais vezes", conta Maria Clara.

Quem também foi ao passeio, acompanhado da mãe, a manicure Mireli Costa de Oliveira, 29, e do irmão caçula, Anthony Costa de Souza, 7, foi George Souza, 12. Ele tem baixa visão de nascença, causada por catarata congênita, aniridia e glaucoma. "Adorei o filme, ele [o personagem] lutando. Foi muito legal ter minha família lá. Quando vai ter outro [passeio]?", pergunta o garoto.

Mireli relata que foi a segunda vez que George foi ao cinema. A primeira, no ano passado, também foi pela Laramara. "É muito ver ele feliz junto com o irmão e os amigos."

A tecnologia do aplicativo é desenvolvida pela MAV Comunicação Acessível Sem Barreiras. Além de contar com uma sessão acessível e inclusiva, a garotada também vivenciou uma experiência sensorial com a presença de um boneco em tamanho real representando o personagem"Po" do filme Kung Fu Panda que protagoniza o filme.

Participaram da iniciativa MAV Comunicação Acessível Sem Barreiras, Universal Filmes, Cinemark, Laramara e Fundação Dorina Nowill.

O cinema acessível é um direito amparado pela Lei 14.009/20, que exige que todas as salas de cinema brasileiras ofereçam recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva, como audiodescrição e legendagem descritiva.

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