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Salvador Nogueira

Missão indiana Chandrayaan-3 tenta pousar na Lua; veja ao vivo

É a segunda tentativa da Índia com uma alunissagem; a primeira, em 2019, falhou

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Nesta quarta-feira (23), a Índia tenta se tornar o quarto país a realizar um pouso suave na Lua, com a missão Chandrayaan-3. O início do procedimento de descida deve acontecer às 9h15 (pelo horário de Brasília) e se tudo correr bem a alunissagem ocorrerá ao redor de 9h34. Acompanhe ao vivo com o Mensageiro Sideral.

É a segunda tentativa por parte dos indianos, depois da Chandrayaan-2, lançada em 2019, que contava com um orbitador lunar (ainda em operação), e um módulo de pouso contendo um rover. Durante a aproximação final para a alunissagem, em 6 de setembro daquele ano, o módulo se espatifou no solo lunar –após o que foi diagnosticada como uma falha de software na operação dos motores de descida.

Quase quatro anos depois, a Chandrayaan-3 é uma versão aprimorada do módulo de pouso Vikram e do rover Pragyan usados naquela tentativa. Lançada em 14 de julho último, ela desta vez não contou com um orbitador, mas com um simples módulo de propulsão para as manobras orbitais.

O caminho para a Lua foi essencialmente o mesmo nas duas ocasiões, com uma inserção à órbita terrestre, seguida por manobras para ampliação gradual do apogeu (ponto de máximo afastamento da Terra), até a captura pela gravidade lunar. Dali, seguiu-se manobra inversa, com o módulo de propulsão gradualmente circularizando a órbita da Chandrayaan-3 em torno da Lua, com uma altitude média de quase 160 km, o que foi atingido na quarta-feira passada (16).

Imagem da Lua captada a partir da Chandrayaan-3 durante a inserção orbital lunar em 5 de agosto
Imagem da Lua captada a partir da Chandrayaan-3 durante a inserção orbital lunar em 5 de agosto - Isro/Reuters

Depois disso, o módulo de propulsão foi ejetado e os quatro motores do Vikram se encarregaram de ajustar a trajetória para uma órbita pré-pouso (justamente o que falhou no último sábado com a missão russa Luna-25), com perilúnio (ponto mais próximo da superfície lunar) de 25 km e apolúnio (ponto mais distante) de 134 km.

É justamente da baixa altitude de 25 km que o Vikram inicia o procedimento final de descida para a superfície, mirando uma região próxima ao polo sul lunar.

Se houver sucesso no pouso, a Chandrayaan-3 (o nome significa simplesmente "nave lunar" em sânscrito) passa a cumprir dois objetivos adicionais: realizar observações e experimentos com os instrumentos a bordo do módulo de descida Vikram ("valor") e demonstrar as capacidades do pequeno rover Pragyan ("sabedoria").

O prazo de validade para ambos é de cerca de 14 dias –o tempo que dura a fase diurna do dia lunar. Ambos não foram projetados para sobreviver ao frio que recai sobre o satélite natural durante a noite.

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