O quanto dá para acreditar na previsão do campeão da Copa do Mundo proveniente da simulação de um game?
Faz alguma diferença se essa simulação é feita pelo jogo oficial, da Fifa?
A resposta lógica é não. Se o vencedor da Copa for o mesmo apontado pela "profecia" do game, não passará de reles coincidência.
Só que e se o prognóstico se repetir continuamente? E se ele se mostrar correto não uma, nem duas, mas três vezes seguidas?
Mesmo os mais céticos podem começar a questionar tamanha coincidência, não?
Pois a Fifa crava o campeão em suas simulações com o game desenvolvido pela EA Sports, nas quais aponta o resultado dos 64 jogos de cada Copa, desde a edição de 2010.
Naquele ano, no Mundial disputado da África do Sul, o vaticínio do game era a Espanha, e no mundo real a Espanha ganhou –o famoso "vidente" polvo Paul, lembra dele?, também apontou a Fúria campeã.
Em 2014, a Alemanha triunfou virtualmente, e o mesmo aconteceu na decisão, no Maracanã, na Copa no Brasil.
O acerto mais recente se deu em 2018, com a França campeã primeiro na simulação do jogo da Fifa e depois em Moscou, no Mundial russo.
Para a Copa do Qatar, que começa daqui a oito dias, o Fifa 23 já concluiu seu diagnóstico, colocando a taça, depois da partida decisiva, que será no dia 18 de dezembro, nas mãos do craque Lionel Messi, o capitão da Argentina.
Assim, se a previsão for novamente acertada, os "hermanos" se tornarão tricampeões mundiais –foram em 1978, na Argentina, e em 1986, no México, com Maradona–, e Messi, sete vezes o melhor jogador do mundo, enfim alcançará a glória máxima para um futebolista.
Desconsiderando a simulação do game, com base no desempenho recente, não é nem um pouco absurdo crer que a Argentina possa atingir o topo no Qatar.
A seleção dirigida pelo treinador Lionel Scaloni deve chegar ao Mundial, no qual estreia contra a frágil Arábia Saudita, no dia 22, com uma invencibilidade de 36 jogos, a maior entre as 32 nações participantes.
Messi e companhia, que não perdem há 35 partidas (24 vitórias e 11 empates), farão um último amistoso antes do Mundial, diante dos Emirados Árabes Unidos, na quarta-feira (16), e é improvável que sejam derrotados.
A última derrota aconteceu na semifinal da Copa América de 2019, no Mineirão, em Belo Horizonte, 2 a 0 para o Brasil.
Atualmente a Argentina é a terceira colocada no ranking da Fifa, atrás de Brasil (1º) e Bélgica (2ª), e detém o título da Copa América, ganha em 2021 contra o Brasil, no Maracanã.
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