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Um olhar brasileiro sobre Portugal

Em Lisboa, choveu em 24h quase o que era esperado para dezembro todo

Temporal na terça (13) causou estragos na região metropolitana da capital lusa

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A chuva intensa que causou uma série de estragos em Lisboa na última terça-feira (13) fez com que a cidade tivesse, em apenas 24 horas, quase a mesma quantidade de precipitação esperada para dezembro inteiro.

Medições divulgadas pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) indicam que a situação foi registrada em três estações meteorológicas da região metropolitana de Lisboa, que tiveram ainda um "um novo extremo absoluto" na série histórica.

Na estação da avenida Gago Coutinho, na capital, o volume de precipitação em 24 horas –entre as 9h de segunda-feira (12) e as 9h de terça-feira (13)– foi de 120,3 mm. Esse resultado é ligeiramente inferior ao normal acumulado para o mês de dezembro, de 121,8 mm.

Imagem mostra uma rua larga, com prédios baixos e coloridos, inundada pelas águas da chuva. Em destaque um grupo de bombeiros que trabalha para acelerar a drenagem
Bombeiros trabalham em rua alagada em Algés, na grande Lisboa, que registrou recorde de chuvas em 13 de dezembro - Filipe Amorim/AFP

O volume de chuva acumulado para o mês também está acima da média,

"Até dia 13 de dezembro, em algumas estações, o total de precipitação registrado é superior,
entre 1 vez e meia e 2 vezes, ao valor da normal para o mês de dezembro", diz o boletim do IPMA.

Embora Lisboa tenha sido recordista no volume de chuvas, houve precipitações intensas em Portugal inteiro. Algumas cidades do Alentejo, como Portalegre e Campo Maior, também registraram incidentes relacionados às enchentes.

Na grande Lisboa, as chuvas torrenciais alagaram estradas, inundaram túneis e interromperam a circulação de linhas de trens e metrô. Diversas escolas e universidade cancelaram aulas, e muitas empresas interromperam o funcionamento ou permitiram que os funcionários trabalhassem em regime de home office.

Tanto a Proteção Civil de Portugal quanto o prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, pediram que a população ficasse em casa.

Mais uma vez, o bairro de Alcântara, próximo ao rio Tejo, foi um dos mais afetados. As águas inundaram casas e estabelecimentos comerciais, além de arrastarem carros e uma grande quantidade de entulho. A região já havia sofrido com eventos semelhantes há menos de uma semana, em 8 de dezembro, quando outro forte temporal atingiu a cidade.

A região de Algés, no município vizinho de Oeiras, também voltou a alagar em diversos pontos, sobretudo nas áreas mais próximas ao rio.

Um dos municípios da região metropolitana de Lisboa, Sintra interrompeu, por questões de segurança, a circulação os acessos à sua famosa serra. Alguns monumentos da cidade, como o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, também foram fechados ao público.

Em Cascais, também na grande Lisboa, as enchentes causaram alagamentos e afetaram o funcionamento da rede elétrica.

Segundo o IPMA, o mau tempo no país foi induzido pela depressão Efrain, que transportava uma massa de ar quente e com muito vapor d'água, o que ajudou a dar origem à precipitação forte e persistente em várias regiões o país.

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