O nome não veio à toa. Frank Bar, o premiado bar de drinques que ficava no hotel Maksoud Plaza, no centro de São Paulo, foi o espaço onde Frank Sinatra se apresentou pela última vez no Brasil, em 1981.
O local, inaugurado em 2015, reinventou o conceito de "bar de hotel" na cidade. Com seus coquetéis sempre elogiados pelos críticos de gastronomia, atraía gente de todo lugar.
Naquelas poltronas vermelhas sentavam-se executivos e hóspedes do hotel. Mas sentavam-se também jovens descolados, grupos de amigos e transeuntes que estavam por ali para bebericar algum de seus famosos drinques.
Talvez um negroni. Quem sabe um gim-tônica. Ou um bloody mary que, mesmo não estando na carta, era executado com maestria quando solicitado ao barmen.
Até meados de 2020, o Frank Bar foi palco das criações de Spencer Amereno, que chegou a alçar a casa à lista das melhores do mundo, o ranking World's 50 Best Bars.
Mas agora, após mais de 40 anos, o Maksoud Plaza encerra suas atividades. Já em recuperação judicial, o hotel não resistiu aos prejuízos da pandemia e fechou as portas nesta terça (7). Encerrou também uma disputa entre a administração e os donos do prédio, que já perdurava dez anos.
Com ele, nos despedimos do Frank Bar.
"Dá uma baita dor ver um filho seu partir e se perder para o imbróglio jurídico", diz nas redes sociais o empresário Facundo Guerra, que idealizou o espaço.
É triste mais um espaço se perder, assim como tantos que fecharam na crise do coronavírus.
Frank Bar deixará saudades a todos que têm na memória algum momento ou drinque vindo daquele balcão. Que deixe também o gosto pela coquetelaria, reavivado tão fortemente por ele na cidade.
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