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Mariana Agunzi

Drinque na segunda? Bar japonês em SP funciona no dia e tem clientela fiel

The Punch, que trabalha com reserva, fica em uma portinha dentro de galeria na região da avenida Paulista

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São Paulo

A portinha dentro de uma galeria próxima à avenida Paulista fica fechada, mas não se engane –é ali mesmo que fica o The Punch, bar inaugurado no retorno pós-pandemia e que serve bons drinques de inspiração japonesa em São Paulo.

Fazer reserva é recomendável, já que o local conta apenas com um balcão e duas mesas. A ideia é ser um espaço intimista, onde se pode conversar com qualquer um dos clientes ao redor do balcão e principalmente com Ricardo Miyazaki, o proprietário.

Drinque verde e adornado por uma folha de shissô
Drinque autoral da casa, Green Garden leva gim japonês, suco de limão-siciliano e uma folha de shissô - Mariana Agunzi/Folhapress

O melhor é que o bar abre às segundas, dia que costuma receber clientes habitués. "Eu venho todas as segundas!", afirma um deles. Faça sua reserva, bata na porta e seja atendido pela querida Naomi, mulher de Ricardo, que toca com ele o empreendimento. "É sua primeira vez aqui, né? Bem-vinda!", diz ela sorridente.

Miyazaki, aliás, era executivo de uma multinacional japonesa e decidiu mudar de ramo e empreender. Conversa com os clientes, transita entre o português e o japonês sem delongas e prepara os coquetéis da carta (e principalmente aqueles que não estão) de acordo com a preferência do cliente.

"Posso te convidar a desconstruir esse medo de uísque?", sugere Miyazaki à cliente que diz gostar de qualquer coquetel que não seja com o destilado. Tempos depois, ela já havia provado três ou quatro.

O The Punch não tem comida, e nem precisa. A ideia ali é bebericar, e para isso a casa dispõe de amendoim e água à vontade. Mas, se a fome apertar, o melhor é migrar para os restaurantes ao lado, na mesma galeria, como o aclamado Kan Suke.

Para começar a noite, a dica é pedir um drinque mais leve –como o autoral Green Garden, que leva gim japonês, suco de limão-siciliano, matchá e folha de shissô.

Depois, basta cantar ao anfitrião quais são suas preferências e deixar que ele as sugira. Como o cássico hanky punky, que leva gim e vermute, ou o Kuro Bunê, com uísque, vermute, licor de ameixa e shochu (bebida japonesa destilada).

Os preços não são exatamente baratos –ficam na casa dos R$ 50 e R$ 60 por drinque–, mas se a ideia é beber numa segunda, não vale a pena exagerar. De quebra, Naomi pode acompanhá-lo até a porta para garantir que você entre em seu Uber e siga tranquilo para casa.

Bons drinques!

*

The Punch. Rua Manoel da Nóbrega, 76, (Galeria Ouro Branco/loja 17). Paraíso, São Paulo. Seg. a sex.: 18h às 24h. Sáb.: 17h às 24h. Fecha na quarta segunda-feira do mês.

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