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Ferrovia interna do porto de Santos passa a ser gerida por empresas

Rumo, MRS e VLI vão administrar 100 km de trilhos e investir R$ 1 bilhão em cinco anos

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A ferrovia interna existente no porto de Santos, com 100 quilômetros de trilhos, agora é administrada por uma empresa formada pelas concessionárias Rumo, MRS e VLI, que operam no local.

A gestão teve início no último domingo (1), quase um ano após a assinatura do contrato com o governo federal, e a FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) substituirá a Portofer, até então administradora das vias existentes no principal porto do país.

Composição ferroviária carregada de grãos em terminal no porto de Santos
Composição ferroviária carregada de grãos em terminal no porto de Santos - - Guilherme Kastner-20.fev.18/Folhapress

Com 15,5 quilômetros quadrados, o porto de Santos recebe cerca de 30% das exportações brasileiras e tem 55 terminais em duas margens, em Santos (direita) e em Guarujá (esquerda).

Desse total, 30% chegam ao porto por meio de seis ferrovias, todas operadas pelas três concessionárias: malhas Paulista, Norte, Oeste e Central (Rumo), Corredor Centro-Sudeste (VLI) e Santos-Jundiaí (MRS).

A Fips terá concessão por 35 anos —que poderá ser renovada por igual período— para gestão, operação, manutenção e expansão da ferrovia dentro do porto. Para isso, terá de investir pelo menos R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para ampliar a capacidade ferroviária local.

Entre as principais obras previstas estão um pátio ferroviário entre o canal 4 e a Ponta da Praia, com três vias férreas para atender terminais de celulose, viadutos para eliminar passagem de nível na região do canal 4-Marinha, passarela de pedestres entre o canal 4 e Ponta da Praia, outros dois viadutos e uma adequação viária.

Nesta terça-feira (3), uma cerimônia envolvendo a APS (Autoridade Portuária de Santos) e dirigentes da Fips marcou o início do prazo de contrato da nova cessionária. A capacidade ferroviária do complexo portuário de Santos está próxima da saturação, com 94% de uso, e a expectativa é que ela dobre num prazo de cinco a dez anos.

A capacidade ferroviária do complexo é de 51 milhões de toneladas por ano e precisa alcançar 115 milhões de toneladas/ano para escoar o volume proveniente das ferrovias que levam cargas até o porto.

O contrato prevê gestão cooperativa entre as empresas, pelo qual compartilharão custos e sem finalidade lucrativa. A cada dois anos, serão feitos chamamentos públicos para eventuais ingressos de novos associados, de acordo com a APS.

Os projetos da Fips terão de ser aprovados pela Autoridade Portuária de Santos.

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