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Trem turístico sob gestão da Vale em Minas completa 4 anos de paralisação

Operadora afirma que está fazendo melhorias na ferrovia e nas estações, além de estudos para subsidiar obras que ainda precisam ser feitas

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Ribeirão Preto

Roteiro turístico que percorre históricas cidades de Minas Gerais numa estrada de ferro construída em 1883, a rota ferroviária entre Ouro Preto e Mariana está paralisada desde as interrupções provocadas pela pandemia e não tem previsão de retomar as atividades.

A ferrovia construída na segunda metade do século 19 foi revitalizada entre 2004 e 2006 pela Vale, sua operadora, e percorria o trajeto de 18 quilômetros entre as cidades com seis carros de passageiros. O custo na reforma foi de R$ 47 milhões (R$ 127,1 milhões, atualizados pela inflação).

Imagem mostra uma locomotiva parada numa estação ferroviária
Trem turístico entre Ouro Preto e Mariana é operado pela Vale e não retomou as atividades desde a pandemia de Covid-19 - Arlindo Silva/Divulgação

A concessionária informou que está fazendo atividades de manutenção e melhorias na ferrovia e nas estações, além de estudos para subsidiar as obras que ainda precisam ser feitas.

"Após a conclusão desses estudos, será possível definir o cronograma de trabalho e a previsão para retorno das atividades do trem", diz a Vale.

O roteiro foi suspenso em 14 de março de 2020, quando começaram a ser colocadas em prática em todo o país medidas de restrições para frear a circulação de pessoas devido à Covid-19.

Não é a primeira interrupção. Antes de paralisar as atividades devido à pandemia, o trem entre as duas cidades históricas mineiras chegou a ficar sem funcionar por três meses em 2019 por conta de manutenções feitas pela empresa.

A história do percurso ferroviário entre as duas cidades remonta ao período imperial. As obras começaram em 1883 em Ouro Preto e a conclusão em Mariana ocorreu somente 31 anos depois, em 1914.

A demora se deveu, entre outros pontos, às dificuldades estruturais para a conclusão do percurso –a paisagem é composta por montanhas, quedas d’água, seis pontes e quatro túneis, percorrida em cerca de uma hora de passeio.

Com uma estrutura transparente e interior em madeira, a composição utilizada até a interrupção das atividades permitia aos viajantes vislumbrar as paisagens no trajeto.

Além do percurso ferroviário, em Mariana há uma máquina exposta ao lado da estação ferroviária, fabricada na República Tcheca em 1949, que percorreu o trajeto entre 2006 e 2010, quando foi aposentada. Já em Ouro Preto, está exposta aos visitantes uma locomotiva alemã, a Brigardier, que foi usada na Primeira Guerra Mundial.

A Vale é a operadora também da Estrada de Ferro Vitória a Minas, com 664 quilômetros de extensão, e a Estrada de Ferro Carajás, de 861 quilômetros de extensão.

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